Wilker fechou com Cyro Batará contrato milionário investigado pelo MP-AM    

Na saída de Wilker Barreto da presidência da Câmara de Manaus, um contrato de R$ 2,4 milhões foi fechado com microempresa de Cyro Batará

Contrato Wilker

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 09/07/2020 às 15:58 | Atualizado em: 09/07/2020 às 15:58

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) aprofunda investigações no contrato da Câmara Municipal de Manaus com empresa do grupo Diário do Amazonas. Essa empresa é a Amazonas Produtora Cinematográfica Ltda., de propriedade de Cyro Batará.

Registrada como microempresa, com a singela pretensão de faturar, no máximo, R$ 360 mil por ano, a produtora deu sorte. 

Em 2018, surgiu em seu caminho a câmara de vereadores de Manaus, sob a gestão de Wilker Barreto (Podemos). E assim, de primeira, fecha logo um contrato para faturar R$ 2,4 milhões em apenas um ano. 

E o melhor: para serviço que não custa mais do que R$ 20 mil por mês, conforme empresários do mercado. Portanto, teria apenas de ceder pequena sala para transmissor e espaço em torre para a antena da TV Câmara. 

Foi assim que Wilker e Cyro Batará fecharam o negócio que agora está na mira do MP-AM pelo forte cheiro de superfaturamento. 

 

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Torre usurpada 

Não bastasse a acusação que pesa sobre Wilker e o caçula da família Batará, pelo negócio com suspeita de superfaturamento, a Amazonas Produtora ainda responde a outra ação na Justiça. 

É que a torre na qual o então presidente da câmara alugou espaço para antena da TV não seria de propriedade de Cyro. Por causa disso, este foi acionado judicialmente pela empresa que seria a verdadeira dona da torre. 

Além disso, Cyro e sua empresa são investigados também por negócio também supostamente superfaturado com a ALE-AM. É onde hoje está o ex-presidente da câmara Wilker Barreto. 

 

 

 

 

 

Aditivo na saideira 

Nos altos gastos da gestão Wilker na câmara há ainda em investigação outro contrato. Trata-se de segundo aditivo que fez no apagar das luzes do seu mandato de vereador. 

Dessa maneira, em 13 dezembro de 2018, às vésperas do recesso parlamentar, Wilker autorizou o pagamento de R$ 132,4 mil como aditivo à construtora MCA.  

Estava, assim, ampliando as despesas com a instalação de um estúdio de TV na sede da câmara. 

 

Foto: Divulgação/CMM (arquivo)