Acusação geral na “Vovó Maroca”: policiais se vingaram tocando fogo nas casas

Publicado em: 30/05/2017 às 18:46 | Atualizado em: 30/05/2017 às 18:46

Tão logo aconteceu o resgate do corpo do soldado da Polícia Militar de uma vala nos arredores da comunidade da Vovó Maroca, na zona norte de Manaus, no final da tarde desta terça, dia 30, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, saiu do local sem dar uma palavra à imprensa.

Pouco minutos depois, quando viaturas do sistema de segurança deixavam o local, um incêndio se iniciou e consumiu dezenas de barracos.

O desespero tomou conta de todos os moradores. Explosões eram ouvidas a todo instante. As pessoas gritavam e tentavam, arriscando a própria vida, salvar os seus poucos pertences. O choro e a comoção dominavam as vítimas do sinistro enquanto as chamas se alastravam.

Vários moradores afirmaram ao BNC/IMEDIATO, sites que transmitiram ao vivo o resgate do corpo e o incêndio, que foram policiais que tocaram fogo nas casas, todas de madeira e papelão. Eles acusavam que a ação seria em retaliação pela morte do policial, crime sobre o qual afirmam não ter nenhum envolvimento.

Aos prantos, os moradores pediram o apoio e providências das autoridades, do Ministério Público, dos Direitos Humanos.

Não é demais lembrar o fato ocorrido em 2015, quando um sargento da Polícia Militar, que fazia serviço particular de transporte de valores, foi assassinado em um latrocínio na zona sul, em uma sexta-feira.

Nas duas noites seguintes daquele fatídico final de semana, Manaus registrou a maior chacina da história. Pelo menos 37 pessoas foram assassinadas na capital, em crimes com características de execução, a maioria com tiros na cabeça.

 

 

Fotos: BNC/IMEDIATO