Em reunião virtual com a Associação PanAmazônia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o CBA (Centro da Biotecnologia da Amazônia) pode se beneficiar de investimentos em ciência e tecnologia. Ele é e presidente do Conselho Nacional da Amazônia.
A associação reúne instituições e empresas da Amazônia continental (nove estados brasileiros e Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).
De acordo com Mourão, o governo federal acredita no potencial da bioeconomia. Bem como da agricultura de baixo carbono. E também do pagamento por serviços ambientais e do mercado títulos verdes. Portanto, foi nesse aspecto que mencionou o papel do CBA.
Para ilustrar seu argumento, ele citou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Estes, portanto, que estimam que a bioeconomia movimente no mundo cerca de 2 trilhões de euros. Além disso, pode gerar aproximadamente 22 milhões de empregos.
“A organização prevê ainda que a bioeconomia corresponderá ao final desta década a 2,7% do PIB de seus países membros e, possivelmente, esse percentual deverá ser ainda muito maior para países como o Brasil”, disse.
Conforme Mourão, o Estado deve atuar como coordenador, mas nunca como protagonista de uma agenda econômica sustentável para a Amazônia. Para ele, isso deve ficar para o setor privado.
Dessa maneira, ele vê que o CBA é um dos potenciais geradores de benefícios para a região amazônica. No entanto, se suas ricas potencialidades receberem investimentos em ciência e tecnologia.
Consoante o que disse aos representantes panamazônicos, é preciso muito investimento nesses setores. Sobretudo o CBA pode ser melhor aproveitado com isso.
“Estamos dando um passo extraordinário agora no sentido de dar vida própria ao CBA, de modo que as instalações e as pesquisas sejam frutíferas. E aí tem que entrar o setor privado, incentivando e financiando essas pesquisas para que os frutos delas atendam aos interesses de todos aqueles que vivem na Amazônia”, afirmou.
Foto: Romério Cunha/PR
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