Celso de Mello quer Bolsonaro em depoimento presencial sobre PF

Celso de Mello não determinou local e data do depoimento, que devem ser definidos pela Polícia Federal. 

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 11/09/2020 às 16:11 | Atualizado em: 11/09/2020 às 16:11

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente  Jair Bolsonaro preste depoimento presencial.

A decisão tomada, nesta sexta-feira  (11), se refere à suposta  interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, conforme o G1.

De acordo com a reportagem, Mello negou ao presidente a possibilidade de ser interrogado por escrito. 

Como é investigado, Bolsonaro pode se reservar o direito de permanecer em silêncio.

A decisão do ministro não determina local e data do depoimento, que devem ser definidos pela Polícia Federal. 

O inquérito, aberto em maio, tem como base acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Bolsonaro, por sua vez, nega ingerência na PF. A polícia pediu, contudo, ao STF mais 30 dias para concluir a apuração do caso. 

Mello também permitiu, na decisão desta sexta, que a defesa de Moro possa acompanhar o interrogatório e fazer perguntas ao presidente.

Procurada, a Advocacia-Geral da União (AGU), que faz a defesa do presidente, informou que só se manifestará no processo.

O Palácio do Planalto informou que não vai comentar a decisão. 

O advogado Rodrigo Sánchez Rios afirmou que a decisão do ministro Celso de Mello garantiu isonomia de tratamento. Ele representa Sergio Moro e lembrou, entretanto, que o ex-ministro foi ouvido presencialmente. 

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Foto: SCO/STF/arquivo