Pesquisadores investigam segredo de “árvores gigantes” na Amazônia

Segundo os pesquisadores, uma espécie de laser buscou a localização exata das gigantes e localizou previamente seis árvores gigantes, a maior delas com 88 metros de altura

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Publicado em: 21/09/2020 às 10:59 | Atualizado em: 21/09/2020 às 11:01

A floresta Amazônica é vista por cientistas como um lugar tão misterioso e vasto como as profundezas do oceano ou o infinito do espaço.

Por esse motivo, cientistas estudam como uma região entre o Amapá e o Pará foi capaz de abrigar “árvores gigantes”.

Acredita-se que elas brotaram antes da chegada dos portugueses no Brasil e puderam crescer e manterem-se vivas até hoje. São uma mensagem de resiliência e poder da natureza neste Dia da Árvore, comemorado hoje (21).

O pesquisador Eric Bastos Gorgens, chefiou uma expedição com trinta pessoas para encontrar a maior entre essas árvores gigantes da floresta amazônica em 2019.

O local onde as espécies foram mapeadas é rigorosamente remoto. Fica a cerca de 10 km dentro da mata fechada e acessível apenas por uma longa viagem de 220 km de barco.

De acordo com os pesquisadores, uma espécie de laser buscou a localização exata das gigantes e localizou previamente seis árvores gigantes, a maior delas com 88 metros de altura.

Assim que o local foi encontrado, a equipe formada por biólogos, engenheiros florestais e moradores da região foi conhecê-las de perto e desvendar uma parte do mistério.

 

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Segundo o cientista, pode haver ainda muitas outras gigantes na imensidão dos 5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia.

“Devem ter árvores ainda maiores. Nós monitoramos 0,16% da floresta amazônica. É como analisar um grão de areia”, diz.

Dessa forma, a dúvida é como a região cortada pelo Rio Jari foi capaz de gerar árvores que ultrapassam 80 metros de altura. Para se ter uma ideia, é como colocar um Cristo Redentor em cima de outro e finalizar com um ônibus.

Até então, acreditava-se que as árvores tropicais gigantes eram um fenômeno típico da Ásia. Em 2015, cientistas, entre eles brasileiros, descobriram uma árvore com 90 metros de altura na faixa tropical da Malásia.

A literatura científica acreditava que o vento, que quebra as árvores, e uma dificuldade para se hidratar com troncos tão longos eram barreiras naturais para se ter árvores tão grandes na América do Sul.

Acreditava-se que o máximo de altura das árvores tropicais na América do Sul seria de cerca de 70 metros. “Não havia histórico de árvores tão grandes na Amazônia”.

Leia a matéria completa de Marcos Candido, no UOL.

 

 

Foto: Divulgação/Ibama