O candidato a prefeito de Manaus, Gilberto Vasconcelos (PSTU), apresentou em entrevista ao BNC Amazonas nesta quinta-feira (1º), proposta de uma ‘revolução ‘socialista’ na gestão do executivo da capital amazonense.
Conforme o candidato do PSTU, os projetos serão pautados e desenvolvidos a partir de conselhos populares. Estes portanto, criados juntamente com a população.
Dessa forma, ele elencou ideias como a de igualar salário de prefeito e vereador ao do professor, criação de uma empresa municipal de ônibus. E também zerar a tarifa de transporte coletivo para estudante, trabalhador e desempregado.
Conselhos Populares
Durante entrevista, Gilberto Vasconcelos destacou um método de gestão, “por meio dos conselhos populares.”
Ele diz que as discussões em relação a cidade de Manaus podem ser feitas através de reuniões para tomadas de decisões junto a necessidade dos moradores.
“Nós queremos governar com os conselhos populares, onde a população, a classe trabalhadora tenha o direito de decidir em tudo. Sobre o orçamento, sobre o que vai fazer no bairro, o tempo de cada coisa que deve ser feito. E como deve ser feito. Então, essa é a forma de você poder transferir o poder pra classe trabalhadora,” declarou.
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Transporte Coletivo
De acordo com o candidato, o primeiro diagnóstico é a necessidade de “melhorar e ampliar toda a infraestrutura de transporte, criar corredores mais eficientes, pra que não demore tanto.”
A partir disso, Gilberto Vasconcelos enfatizou sobre o fato da população enfrentar “mais de 1 ou 2 horas dentro de um ônibus, principalmente no horário de pico.”
Conforme o socialista “é preciso pensar num outro modal de transporte, talvez um metrô de superfície. Mas isso aí tem que ser avaliado no detalhe, porque tem pensar a infraestrutura da cidade, a necessidade dos bairros.”
Um dos projetos de melhoria no respectivo setor, de acordo com ele, pensando na crise gerada pela pandemia, é a tarifa zero. Sobretudo, “pra quem esteja desempregado, que não tem renda.”
Dessa forma, Gilberto Vasconcelos pensa na criação de uma “empresa municipal, uma empresa pública de transporte [coletivo]. Pra poder fazer com que o custo da tarifa seja pra manutenção e ampliação do sistema e não pra gerar lucro.”
Segundo o candidato, “nós queremos uma empresa pública que cuide do transporte de uma forma eficiente.”
Igualdade salarial
Em meio a ideia de revolução em um plano de governo para Manaus, o candidato do PSTU propôs igualar o salário de prefeito e vereadores ao do professor da rede pública municipal.
“Eu defendo que o salário dos políticos, ele seja um salário igual de um professor. Eu não posso querer ser candidato pra me dar bem na vida, enriquecer, e me afastar da minha classe,” disse.
Além disso, o candidato enfatizou que “o salário do prefeito, o ganho do prefeito, do vereador, seja igual a de um professor. O professor vive, eu estou vivendo.”
Dessa forma ele questionou: “Por que que um prefeito não consegue viver com os 4 mil, que é o que eu recebo de salário? Dá pra viver! E muito bem. Agora não pode gastar, viver no luxo, na opulência, enquanto a população fica na miséria.”
Avaliação sobre o governo do PT
Avaliando os 15 anos do PT a frente do governo federal, Gilberto Vasconcelos fez crítica ao partido, pontuando que, “eles fizeram a mesma coisa que os outros partidos fizeram quando estiveram no poder.”
Dessa forma, o candidato socialista fez a seguinte afirmação: “De certa maneira o PT fez até pior, porque no final do governo Dilma a classe trabalhadora entrou num processo de desmoralização, devido ao envolvimento de corrupção, os cortes que a Dilma começou a fazer no seguro-desemprego, nas pensões, liberando a terceirização pra todos os setores.”
A partir disso, Vasconcelos destacou: “O PT é mais do mesmo.”
Outro ponto crítico do socialista é a a aliança feita do PT com o PSL nas eleições municipais pelo Brasil. “Em 145 municípios, o PT tem coligação com o PSL que é o [ex] partido do Bolsonaro. 145, quem está dizendo isso é a imprensa,” relatou.
Foto: BNC Amazonas