Criticado pela coronavac, Bolsonaro diz que vítimas têm de “deixar de ser maricas”
O presidente da república fez a declaração em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, e também disse que "todos nós vamos morrer um dia"

Ferreira Gabriel
Publicado em: 10/11/2020 às 18:25 | Atualizado em: 10/11/2020 às 18:25
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas”. De acordo com ele, é preciso enfrentar a pandemia de Covid-19 de “peito aberto”.
Conforme queixa de Bolsonaro, “tudo agora é pandemia”. Ele fez a declaração durante discurso no Palácio do Planalto, em cerimônia de lançamento de um programa de turismo.
Mais cedo, nesta terça, o consórcio de veículos de imprensa noticiou que o Brasil chegou a 162,6 mil mortes provocadas pela Covid-19. Além disso, 5,67 milhões casos do vírus foram confirmados.
“Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?”
A princípio, Bolsonaro disse lamentar os mortos. No entanto, ele voltou a afirmar que o destino de qualquer um é a morte.
“Acaba o auxílio emergencial em dezembro. Como ficam esses quase 40 milhões de invisíveis? Perderam tudo agora. O catador de latinha não tinha latinha para catar na rua, não tinha como vender biscoito Globo na praia, não tinha como vender um mate no estádio de futebol. Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento, mas todos nós vamos morrer um dia. Aqui, todo mundo vai morrer”, declarou Bolsonaro.
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Foto: Isac Nóbrega/PR