O PT está pressionando o seu candidato da prefeito se São Paulo a renunciar e pedir votos para o candidatos do Psol . O petista Jilmar Tatto não gosta da ideia de passar a apoiar Guilherme Boulos, que aparece bem nas pesquisas.
Ambos são de esquerda e por isso o PT entende que os votos de 6% do seu eleitorado poderiam migrar para os 14% do Psol.
Apesar da pressão, é improvável que Tatto (na foto, à esquerda ) peça a seus eleitores para votar 50, e não 13.
Na mesma terça, artistas e intelectuais divulgaram um manifesto em favor do apoio da esquerda a Boulos em São Paulo e a Benedita no Rio de Janeiro. Petistas da alta cúpula, especialmente no Rio, também defendem a ideia.
Pesquisas recentes indicam que Boulos está embolado com Celso Russomanno (Republicanos-SP), que tem 16%, e Márcio França (PSB-SP), com 13%. Covas lidera com 32%.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, se reuniu com Tatto na terça (10). Tratou com ele e conversou sobre a possibilidade de o petista indicar voto em Boulos.
Em troca, o Psol poderia apoiar a candidata do PT à prefeitura do Rio, Benedita da Silva.
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Apesar do desempenho modesto nas pesquisas, aliados de Tatto avaliam que ainda há chances de chegar aos dois dígitos. Em chegando a dois dígitos colocaria o petista entre os postulantes ao segundo turno.
Tatto resiste
Tatto já sinalizou que não vai renunciar nem indicar voto para Boulos. Além disso, os números mostram que a transferência de votos para o Psol não é automática.
Parte considerável dos eleitores de Tatto votariam em Russomanno ou Bruno Covas.
“Esse pessoal escolheu um caminho equivocado de militância. Eles deveriam ir atrás dos indecisos. Não podemos deixá-los para o Covas e o Russomanno”, critica o deputado estadual José Américo Dias.
Com informações da Carta Capital e Folhapress
Foto: Filipe Araújo/Fotos Públicas