A Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) divulgou hoje (15) que a taxa de letalidade do coronavírus (covid-19) caiu 67,4% do pico de abril para os índices atuais. Esta, portanto, é chamada segunda onda de contaminação.
Conforme o órgão, o índice era de 8,09% em abril e hoje está em 2,6%. A taxa é medida pelo número de óbitos em relação à quantidade de casos.
Segundo a secretaria, o Amazonas registra hoje as maiores quedas na média móvel de óbitos entre os 27 estados e o Distrito Federal. Na semana passada, a queda foi de 48% na média móvel de mortes, pelos números do consórcio de veículos da mídia.
Além do Amazonas, apenas Maranhão e Ceará registram queda na média móvel de óbitos, segundo o consórcio de imprensa. Isso ocorre na contramão de quase todo o Brasil, onde essa média só cresce.
Aprimoramento
Titular da SES, Marcellus Campelo disse que a queda da letalidade está relacionada, entre outros motivos, ao aprimoramento no diagnóstico logo no início dos sintomas.
“Com a expertise das equipes médicas, hoje estamos diagnosticando mais cedo, conseguindo tratar a covid com mais rapidez, o que tem feito com que os pacientes agravem menos”.
De acordo com o governo, apesar da queda nesse item, o Amazonas não pode comemorar. O estado tem 5 mil mortos pelo coronavírus.
Como resultado, também não justifica o relaxamento das medidas de prevenção pela população. Sobretudo, o distanciamento social e uso de máscara.
Contribuem para a queda nos óbitos a melhoria do atendimento, o que passa por uma melhor organização dos serviços de saúde do estado.
Muitos pacientes internados não têm mais o vírus. Mas, como a sobrevida aumentou, precisam de internação para cuidar das sequelas da doença.
No hospital de referência Delphina Aziz, zona norte de Manaus, dos 120 leitos de UTI ativos, 51 estavam ocupados por pacientes nessa condição no último dia 11 de dezembro.
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Plano de contingência
Para fazer frente à demanda por leitos, a SES disse que entrou em operação um plano de contingência.
Dividido em cinco fases, o plano prevê aumento na oferta de leitos para pacientes de covid toda vez que a taxa de ocupação alcançar 75%.
Na primeira etapa do plano, que entrou em operação em novembro, foram instalados 30 novos leitos de UTI no Delphina Aziz.
Dessa forma, passou de 90 para 120 leitos, além de mais 12 em outras unidades da rede.
Para a segunda fase, que entra em operação neste dia 16, serão disponibilizados mais 20 leitos de UTI no Delphina Aziz.
Conforme a secretaria, a rede estadual possui 196 leitos de UTI exclusivos para o coronavírus. No entanto, podem ser acionados 440 no plano até a quinta fase.
Foto: Divulgação/Secom