O governador Wilson Lima pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , urgência no envio da vacina contra coronavírus para o Amazonas. Os dois conversaram a respeito, nesta quinta-feira (16), em Brasília.
O governador ressaltou a necessidade da implementação de um plano com prazo mais curto de distribuição de lotes das vacinas. Wilson explicou, entretanto, que a urgência se deve à logística territorial mais complexa do estado.
O encontro com o ministro foi pouco antes da solenidade de lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Wilson Lima sugeriu a Pazuello, na ocasião, que a entrega ao Amazonas seja feita de uma vez só ou, no máximo, em dois lotes. Dessa maneira, ressaltou, o estado pode fazer a logística da primeira e da segunda dose, em duas únicas viagens.
“Se forem mais quatro lotes, oito lotes, a gente vai perder um tempo muito grande”, ressaltou o governador.
Wilson explicou ao ministro que as viagens de acesso a comunidades no interior do estado demoram entre 20 e 30 dias. “P ois na maioria das localidades o deslocamento será feito de barco”, disse.
O plano
O plano federal prevê quatro grupos prioritários, que somam 50 milhões de pessoas. Isso vai demandar, portanto, 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas. As perdas serão, contudo, por causa de que cada pessoa deve tomar duas doses. Dessa forma, haverá um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda dose.
O governador Wilson Lima destacou que o Governo do Estado tem montado o plano e distribuição da vacina. De acordo com ele, tudo conforme os critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Wilson enfatizou que o estado já adquiriu mais de um milhão de unidades de seringas para serem utilizadas no plano de imunização no Amazonas.
“Estamos fazendo a nossa montagem logística no estado para garantir a distribuição a todos os municípios, sobretudo do interior, e já adquirimos 1,5 milhão de seringas que serão utilizadas nesse plano de imunização. Saímos da reunião muitos satisfeitos, porque há um compromisso de que as primeiras vacinas disponíveis serão compradas pelo Governo Federal, e que não é um plano isolado, mas um plano nacional, e as vacinas serão distribuídas igualitariamente, de acordo com os critérios técnicos”.
Grupos
O plano ressalta que a prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas. Além desses, professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
O governo federal já garantiu, primordialmente, 300 milhões de doses por meio de acordos.
Até agora, contudo, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E esta etapa prévia é obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.
Foto: Diego Peres/Secom