IML não dá nomes de 39 vítimas identificadas, 30 degoladas

Publicado em: 03/01/2017 às 19:52 | Atualizado em: 03/01/2017 às 19:52

O diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Jefferson Mendes, disse nesta tarde de terça-feira, dia 3, que 39 corpos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) já foram identificados no Instituto Médico-Legal (IML).

Mendes foi o único integrante do sistema de segurança escalado para falar com os repórteres, e das poucas novidades que apresentou está a de que 30 presos foram degolados. Nenhum corpo teria perfuração a tiro, disse.

Contudo, o diretor não forneceu à imprensa na entrevista chamada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) nenhum nome de vítimas que já estariam identificadas.

Nem mesmo dos 10 corpos que disse terem sido liberados para sepultamento, dos quais apenas 4 teriam sido retirados pelas famílias.

Foi só hoje que o IML recebeu da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informações cadastrais de odontograma (arcada dentária), marcas e tatuagens dos presos do Compaj.

Do lado de fora da área do IML, parentes e familiares de quem está preso no Compaj e também no presídio do Puraquequara se queixavam da falta de informação.

Ninguém sabe quem foi morto ou quem fugiu dos presídios.

De acordo com Mendes, os mortos no massacre no Compaj são 56, e não um número maior, como circulou na imprensa no dia 1º.

Uma sala para acomodar familiares de presidiários será providenciada a partir de quarta-feira, enquanto aguardam a hora de identificar corpos guardados em caminhão-frigorífico.

 

Foto: BNC