O saldo dos empregos gerados no estado do Amazonas, em 2020, foi positivo, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged ) anunciado nesta quarta-feira (23).
Entre janeiro e novembro deste ano, houve 143,8 mil admissões contra 132,4 mil demissões nos postos de trabalho.
Por outro lado, a taxa de desemprego no Amazonas, seguindo a mesma tendência nacional, é de 18,8% da população economicamente ativa, a quarta maior taxa do país.
Desse modo, dos cerca de 3 milhões de amazonenses aptos a trabalhar, em torno de 570 mil estavam estão desempregados no estado.
Mas, com o saldo anual de 11,4 mil empregos, o Amazonas ficou na quarta posição (2,76%) entre os sete estados da Região Norte.
Destaques para os meses de março, abril, maio e junho – auge da pandemia de coronavírus no estado – que tiveram saldo negativo nos empregos amazonenses.
Roraima (6,42%), Acre (5,77%) e o Pará (5,20%) foram os estados nortistas com a maior variação entre contratações e demissões.
Em toda a Região Norte, o saldo dos empregos foi de 68.095 postos de trabalho de acordo com o Caged.
Os empregos gerados no Amazonas distribuídos mensalmente ficaram da seguinte forma:
Janeiro: 968
Fevereiro: 1.753
Março: -3.407
Abril: -9.953
Maio: -5.118
Junho: -764
Julho: 3.933
Agosto: 7.134
Setembro: 5.846
Outubro: 5.587
Novembro: 5.436
Desemprego é alto
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Covid19), também divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (23), em todo o país, 15,3 milhões de pessoas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que mora.
O Amazonas, com 18,8% de desocupação, só fica atrás do Maranhão (21,7%), Amapá (20,91%) e Bahia (19,81%).
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Áreas mais procuradas
De acordo com a Pnad-Covid19 , as áreas mais procuradas, tendo as maiores ocupações no estado são a administração pública, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.
Diferentemente do restante do Brasil, a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura no Amazonas foram áreas onde mais se empregou em 2020.
A indústria e os setores de comunicação, alojamento e alimentação também figuram na lista dos “maiores empregadores do ano”.
No entanto, os serviços domésticos, construção civil, transporte, armazenagem e correios foram os setores com menos ocupação nos postos de trabalho amazonense.
Retomada da indústria
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, reconhece o ano de 2020 como de superação, ao lidar com o imponderável (pandemia de coronavírus).
Segundo ele, a indústria da Zona Franca de Manaus ficou praticamente paralisada durante dois meses por conta do fechamento das cidades que impediu o escoamento dos produtos.
E, mesmo diante da adversidade, Périco afirma que a indústria amazonense não demitiu funcionários por cauda da pandemia. O que houve foram desligamentos sazonais em alguns setores.
A manutenção dos empregos na ZFM, no entanto, seguiram as regras encaminhadas pelo governo e aprovadas pelo Congresso Nacional, como a redução da jornada de trabalho e de salários.
“Por conta dessas medidas, conseguimos manter os empregos os quais até tiveram um aumento nesses últimos meses de 2020”, declarou o presidente do Cieam.
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Auxílio emergencial
Wilson Périco cita ainda o benefício do auxílio emergencial, que ajudou grande parte da sociedade e, como não haverá a prorrogação em 2021, o ele acredita que haverá algum impacto no comércio principalmente.
“Mas, esperamos que o reflexo, sem o auxílio emergencial, não cause um impacto muito grande na produção das nossas empresas”, declarou o executivo.
Foto: divulgação/Sine/Semcom/PMM