Para representante do Ministério da Saúde, um perfil mais jovem de contaminados pelo coronavírus (covid-19) do que no primeiro pico da doença vem contribuindo para aumento da demanda por oxigênio.
Conforme explicou em Manaus nesta quinta (14), o forte aumento desses pacientes nos leitos clínicos exige maior disponibilidade do produto, na faixa de 15 litros diários para cada pessoa.
Como resultado, o Governo do Estado tem de prover hoje mais de 70 mil metros cúbicos de oxigênio por dia para suprir a demanda. Daí decorre o risco de colapso porque as empresas fornecedoras só possuem capacidade de produzir diariamente cerca de 28 mil metros cúbicos.
De acordo com o coronel Luiz Otavio Franco, secretário de atenção especializada em saúde, que atua junto ao governo estadual, os pacientes jovens, mais “fortes e resistentes ao coronavírus”, contribuem para o aumento da demanda por oxigênio.
“O contágio foi muito acelerado, e aquele paciente que não está no leito de UTI, é ele quem consome mais, porque fica ao lado do regulador de oxigênio”. Ele sugeriu que o acesso ao produto é facilitado diante de qualquer sensação de falta de ar.
Segundo ele, o mesmo não acontece com o paciente internado em UTI porque lá quem faz o controle da necessidade de oxigênio é o médico.
Para corroborar suas afirmações, o secretário ministerial apresentou números que serviram para justificar a montagem da Operação Oxigênio, lançada hoje em Manaus.
Cenário
O Amazonas enfrenta um desabastecimento de oxigênio em seus hospitais, principalmente na capital Manaus. Isso por conta do aumento de infecções pelo coronavírus neste início de 2021.
Enquanto diversos países recebem lotes de vacina contra a covid-19, ao longo da semana, o estado tem recebido remessas de isotanques de oxigênio, para ajudar a abastecer a rede estadual de saúde.
Esse insumos são transportados pela Força Área Brasileira (FAB).
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Foto: Divulgação/FVS