O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, criticou ontem o presidente Jair Bolsonaro por não se responsabilizar pela crise de desabastecimento de oxigênio hospitalar no Amazonas.
A falta de oxigênio causou a morte de pacientes por asfixia há cerca de duas semanas. E na ocasião, a Venezuela enviou doações de cinco caminhões, contendo 107 mil m³ de oxigênio para Manaus.
Por isso, o chanceler venezuelano disse que a afirmação de Bolsonaro era “incrível”, de forma negativa.
De acordo com o Uol , Arreaza fez referência à declaração deste sábado (30) do presidente Bolsonaro, quando ele visitou uma concessionária de motos em Brasília, e foi questionado sobre a investigação iniciada pela Polícia Federal contra o ministro da Saúde.
O ministro Eduardo Pazuello é investigado por suspeita de omissão quanto à situação do Amazonas e principalmente de Manaus.
“Nós, Manaus, Amazonas: mandamos R$ 9 bilhões para lá, não é competência nem atribuição nossa levar oxigênio para lá, [nós] damos os meios”, disse Bolsonaro.
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Indignação
Mostrando-se indignado com a fala do presidente brasileiro, o chanceler venezuelano publicou no Twitter que a Venezuela continuará cooperando com o Brasil, oferecendo oxigênio.
Amazonas e Roraima
“Incrível! Enquanto isso, por instruções expressas do presidente [da Venezuela] Nicolás Maduro, da Venezuela continuaremos mandando oxigênio para os estados de Amazonas e Roraima. É nossa obrigação moral e humana”, escreveu o chanceler venezuelano.
Foto: BNC Amazonas