Israel aponta dois remédios promissores no tratamento do coronavírus

Um dos estudos dá conta que um dos medicamentos teve taxa de sucesso em 96% dos pacientes com casos moderados e graves em estudos iniciais

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 05/02/2021 às 20:07 | Atualizado em: 05/02/2021 às 20:07

Estudos feitos em hospitais de Israel constataram a eficácia de dois medicamento contra o coronavírus (covid-19). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (5) e amplamente divulgado pela imprensa do país e do mundo.

De acordo com a publicação, como a da Veja (para assinantes), por exemplo, a descoberta se evidencia como tratamentos promissores para a doença.

A notícia dá conta, ainda, que um deles teve taxa de sucesso em 96% dos pacientes com casos moderados e graves em estudos iniciais.

Trata-se da droga EXO-CD24, uma proteína em desenvolvimento para a cura do câncer.

A testagem divulgada ocorreu em 30 pacientes, dos quais 29 mostraram uma melhora significativa em dois dias após o uso inalável do fármaco.

O paciente restante também se recuperou, mas com maior demora.

A posologia descrita é a seguinte: uma aplicação a cada 24 horas ao longo de cinco dias. O estudo ocorreu no hospital Tel Aviv Sourasky Medical Center (foto).

Após esse resultado, o hospital pediu ao Ministério da Saúde local para realizar o ensaio com mais pacientes, diz a imprensa local.

Outro remédio

A segunda análise ocorreu no Hadassah Medical Center, em Jerusalém. O fármaco utilizado é chamado de Allocetra e, de acordo com o site Clinical Trials, está em fase 2 de análise.

De acordo com o centro de saúde, 21 pacientes em estado crítico e com comorbidades receberam o medicamento.

Destes, 19 evoluíram bem e tiveram alta após nove dias.

Os dois medicamentos atuam no mesmo mecanismo que ocorre em alguns casos de pessoas infectadas com o coronavírus: a chamada tempestade de citocinas.

Trata-se de uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo humano após uma infecção.

Ao invés de agredir o invasor, a resposta atinge os pulmões, que ficam fragilizados e cheios de líquido.

“São dois estudos de medicamentos como inúmeros outros que estão acontecendo no mundo. Será preciso testar em centenas de pessoas para averiguar melhor essa eficácia”, diz Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Centro de Aconselhamento e Laboratório Genetika.

“As respostas iniciais apontam que seu uso poderá ser utilizado em casos severos e graves. Não é uma cura, nem impedirá a covid-19”.

Foto: reprodução/Facebook