O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), criticou a medida do governo Bolsonaro de reduzir o Imposto de Importação (II) da bicicleta. Com isso, prejudica os empregos gerados pelo setor de duas rodas do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Bolsonaro publicou decreto seguindo resolução da Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão do Ministério da Economia.
Ramos considerou a medida injusta com o Amazonas e os habitantes da região Norte do país, que neste momento vivem a maior tragédia sanitária, social e econômica da sua história.
“O decreto é equivocado sob a lógica da proteção do emprego. Estamos falando de quase 400 indústrias espalhadas perlo Brasil, que estão não só na Zona Franca de Manaus, mas em Rondônia, Recife e Piauí. Como não temos, por conta do custo Brasil, como competir com a China, ele transfere milhares de empregos brasileiros para a China”.
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Lógica invertida
Para o parlamentar, até do ponto de vista de quem defende o barateamento da bicicleta, a medida carece de lógica. Isso porque, ao passo que se mantém em 16% a taxação da importação dos insumos da bicicleta, se reduz para 20% a taxação da bicicleta pronta.
De acordo com o liberal, para as indústrias não valerá mais a pena fabricar o produto acabado no Brasil.
“Dessa forma, as próprias multinacionais fecharão suas fábricas no Brasil e passarão a importar a bicicleta pronta. O correto é reduzir sobre os insumos, o que, além de baratear a bicicleta para o consumidor final, protege milhares de empregos dos amazonenses e dos brasileiros”.
Conforme Ramos, essa é a tese a ser defendida pela bancada do Amazonas no Congresso.
Foto; Divulgação