Bolsonaro diz que não tem a ver com seringa, e joga para Pazuello

O presidente Jair Bolsonaro disse, em documento enviado à Justiça,  que, como presidente da República, não é responsável pela compra de seringas para a vacinação contra a covid-19.

Bolsonaro, portanto,  joga a responsabilidade para o ministro Eduardo Pazuello, quando destaca que o Ministério da Saúde tem feito os esforços necessários para a aquisição das seringas e agulhas.

A afirmação foi feita em um processo no qual o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), segundo o colunista do Uol, Rogério Gentile.

Kataguri pede que a Justiça obrigue o presidente a adquirir seringas em quantidade suficiente para a vacinação de todos os brasileiros.

A ação foi aberta em janeiro depois que o Jair Bolsonaro anunciou que, em razão do aumento nos preços, o governo havia suspendido a compra de seringas.

“Se a gente compra com o preço lá em cima, a imprensa ia me acusar de ser corrupto, que comprei superfaturado. Então, foi suspensa”, afirmou Bolsonaro à época.

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Negligência

Além do mais, Kataguiri disse no processo que o governo brasileiro, em razão de posicionamentos ideológicos que “tangenciam o delírio”, negligenciou a vacinação.

“Tivesse o presidente da República agido responsavelmente, a aquisição [de seringas] teria sido feita de maneira gradual, durante a pandemia, em preparação para a vindoura vacina”.

Agora, afirmou o deputado, é natural que os preços estejam acima do normal. “Afinal, estamos no pico de uma pandemia e a demanda é altíssima”, disse.

Para o deputado, o povo brasileiro, “que está morrendo”, não pode esperar o mercado se normalizar para que as seringas sejam adquiridas.

Por outro lado, ao se defender no processo, Bolsonaro disse que a ação não poderia ter sido ajuizada contra ele, pois a administração pública atua de forma descentralizada

Portanto, ele acrescenta que a compra de insumos para a saúde é responsabilidade do Ministério da Saúde.

Com informações do Uol.

Foto: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados