Opas prevê meses após vacina para queda das taxas do coronavírus

Enquanto 78 milhões foram vacinados nas Américas, principalmente nos Estados Unidos, apenas 13 milhões na América Latina e Caribe

Governo Bolsonaro admite que só contratou 50% de vacinas que divulga

Ednilson Maciel, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 25/02/2021 às 12:37 | Atualizado em: 25/02/2021 às 12:38

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), os casos e mortes de covid-19 nos Estados Unidos (EUA) caíram 30% na última semana em comparação com a semana anterior.

Além disso, a maioria dos países sul-americanos registra queda em novos casos, mas serão necessários meses até que as vacinas afetem a taxa de infecções, conforme a Agência Brasil.

A diretora da Opas, Carissa Etienne, fez um apelo aos governos e fabricantes para acelerar a entrega de vacinas na região, onde 1 milhão de pessoas adoeceram e 34 mil morreram nos últimos sete dias.

Até esta semana, 78 milhões de pessoas foram vacinadas nas Américas, a grande maioria na América do Norte, e apenas 13 milhões na América Latina e Caribe, disse ela.

“Isso não é suficiente e não é aceitável”, declarou Etienne, em entrevista coletiva virtual, de Washington.

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Sinal de esperança

Para a diretora, um sinal de esperança é oferecido pelo consórcio Covax, liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Gavi.

Ambos devem fornecer acesso equitativo às vacinas, com centenas de milhares de doses para serem entregues nas próximas semanas aos países que se inscreveram no programa.

A queda nos casos nas Américas foi, em grande parte, impulsionada pela redução de novas infecções nos Estados Unidos.

Isso, como resultado de medidas de saúde pública mais rígidas, com maior adesão do público e melhor coordenação na vacinação.

Infecções

Um ano após o início da pandemia, quase 50 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus nas Américas, ou o equivalente a quase toda a população da Colômbia, de acordo com a Opas.

“Embora os meios de comunicação estejam relatando grandes quedas nos casos de covid-19, quero enfatizar que certamente não estamos fora de perigo”, afirmou Carissa.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil