Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília
O deputado Zé Ricardo (PT) comemorou a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela qual anulou todos as condenações de Lula na Lava Jato de Curitiba.
Com isso, o ex-presidente recuperou seus direitos políticos e pode ser candidato nas eleições de 2022.
“Justiça feita. As condenações de Lula na Lava Jato foram anuladas pelo ministro Fachin do STF. Lula foi condenado sem provas, perseguido e impedido de ser candidato, o que favoreceu a eleição de Bolsonaro”, lembrou o deputado.
Ainda aguardando um desfecho e mesmo com decisão tardia, o deputado disse esperar que Lula esteja 100% livre para “continuar trabalhando em prol do Brasil.”
Zé Ricardo destacou que o ex-presidente foi o presidente que mais investiu no social, retirou o país do mapa da fome e o que mais investiu no Amazonas.
“Hoje o Amazonas está perdendo muito com esse governo que retira recursos do estado e deixa de investir em áreas fundamentais”, disse.
“Então é Lula livre. É justiça que está se fazendo e, com isso, Lula vai continuar fazendo política em prol da população do nosso país e do nosso estado”, completou.
O líder do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS), diz que foi o fim de um embuste.
“Anulação dos processos contra Lula é o fim da farsa montada contra ele, para tirá-lo da eleição. Mesmo que de forma tardia, faz-se Justiça”, disse.
Defesa
Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, que defendem o ex-presidente, dizem que a decisão foi recebida com serenidade.
Segundo eles, a incompetência da Justiça Federal de Curitiba para julgar as acusações contra Lula foi por eles sustentada desde a primeira manifestação escrita ainda em 2016.
“Nessa longa trajetória, a despeito de todas as provas de inocência que apresentamos, o ex-presidente Lula foi preso injustamente, teve os seus direitos políticos indevidamente retirados e seus bens bloqueados”, dizem os advigados.
Eles destacaram que apresentaram provas de que todas as condutas faziam parte de um conluio entre o então juiz Sérgio Moro e dos membros da “força tarefa” de Curitiba, como foi reafirmado pelo material que tiveram acesso também com autorização do STF.
Apesar de considerarem justa, os advogados alegam que a decisão ”não tem o condão de reparar os danos irremediáveis causados pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores da Lava Jato ao ex-presidente Lula, ao Sistema de Justiça e ao Estado Democrático de Direito.”
Foto: BNC Amazonas