Amazonas retribui apoio e recebe pacientes de covid de Rondônia
“Temos leitos clínicos, mas a ocupação de UTI ainda é elevada”, afirma o secretário de Saúde (SES-AM), Marcellus Campelo

Da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 09/03/2021 às 06:30 | Atualizado em: 09/03/2021 às 09:00
O Governo do Amazonas divulgou que iniciou no fim de semana uma operação que batizou de Gratidão, conforme divulgado ontem à noite pelo Estado.
Com isso, o estado começa a acolher pacientes de coronavírus (covid) do vizinho estado de Rondônia. Até domingo (7), foram dois recebidos de Porto Velho.
Segundo o secretário de Saúde (SES-AM), Marcellus Campelo, é uma forma de retribuir a ajuda recebida de Rondônia, e outros estados no pior momento da epidemia no Amazonas.
Principalmente em janeiro deste ano, quando o estado viveu o ápice da falta de oxigênio nos hospitais.
“Vamos apoiar a operação que o Ministério da Saúde realiza junto com o estado de Rondônia. Estamos nos organizando para retribuir o apoio que recebemos, em respeito ao princípio do SUS da universalidade do acesso”.
Conforme Campelo, ainda não é possível abrir a operação a outros estados.
De acordo com o secretário, ainda hoje Rondônia tem pacientes do Amazonas. São seis, do município de Humaitá, internados em UTI.
Essa relação dos municípios do sul do Amazonas com Rondônia é bastante comum. Porto Velho é mais próxima do que a capital Manaus.
Até domingo, o Amazonas estava com taxa de ocupação de leitos de UTI em 80%, mas de 50% para leitos clínicos. Os internados nas redes pública e privada eram 1.114, mas em janeiro foram 2.804.
Segundo a SES, o ritmo das internações cai à medida que o governo abre mais leitos. O recorde, em janeiro, foi de 258 pacientes em um dia (14), e neste dia 7 foi de 39 hospitalizados.
Leia mais
Amazonas tem redução de óbitos e contaminações, diz FVS
Transferências
Em janeiro e fevereiro foram realizadas 5.379 remoções de pacientes de covid-19 dentro do Amazonas e 542 para outros estados.
Foram transferidos 1.112 pacientes do interior para a capital e 4.267 entre hospitais de Manaus.
Foto: Djalma Júnior/Secom