Desvio de cloroquina para ‘tratar’ covid prejudicou doentes de malária

O desvio de finalidade do medicamento sem eficácia contra a doença deixou descoberto o programa nacional de controle da malária

Conselho de medicina vai continuar a favor da cloroquina

Ferreira Gabriel

Publicado em: 28/03/2021 às 16:17 | Atualizado em: 29/03/2021 às 08:12

O ministério da Saúde desviou para Covid 2 milhões de 3 milhões de comprimidos de cloroquina fabricados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O estoque era destinado ao combate à malária.

O desvio de finalidade do medicamento deixou descoberto o programa nacional de controle da malária. Dessa forma há o risco de de desabastecimento da droga para esses pacientes a partir deste mês de março.

Novos documentos obtidos pela Folha de S. Paulo revelam que o ministério precisou, em caráter urgente, garantir mais de 750 mil comprimidos de cloroquina. Isso foi feito por meio de aditivo a uma parceria firmada com a Fiocruz.

O aditamento foi proposto em novembro e assinado em dezembro. Em janeiro, a Fiocruz entregou a cloroquina adicional para não deixar o programa de malária sem a droga. O total é suficiente para quatro meses.

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Foto: Reprodução/TV