Polícia aborda barcos da rave clandestina de turistas no Amazonas

Em uma delas, denominada Ana Beatriz 1, era realizado, há cinco dias, o evento “Imersão na Amazônia” com a participação de turistas brasileiros e estrangeiros.

Embarcações de luxo realizam eventos em descumprimento às medidas sanitárias

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 07/04/2021 às 09:07 | Atualizado em: 07/04/2021 às 11:11

Cerca de três embarcações de luxo que realizavam eventos clandestinos foram interceptadas pela Polícia Civil do Amazonas, na noite de ontem (6). Nelas estavam participantes brasileiros e estrangeiros, em descumprimento às medidas sanitárias.

Em uma delas, denominada Ana Beatriz 1, era realizado, há cinco dias, um evento com a participação de 60 turistas, que desrespeitavam medidas de prevenção à covid-19, como uso de máscara e distanciamento social.

Todos foram conduzidos à delegacia para investigação do crime de descumprimento de medidas sanitárias, artigo 268 do Código Penal.

“Boa parte deles é estrangeira, e vieram provavelmente para conhecer a Amazônia, mas em um contexto muito triste. Mas, infelizmente, algumas pessoas insistem em desobedecer”, ressaltou Bruno Fraga, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

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“Imersão na Amazônia”

As outras duas embarcações, chamadas Mano Zeca e Hélio Gabriel, acompanhavam o barco onde era realizado o evento, mas sem a presença de passageiros.

De acordo com o convite da festa, denominada “Imersão na Amazônia”, o roteiro das embarcações de luxo previa visita a comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas.

O delegado Juan Valério disse que no evento haviam estrangeiros das mais diversas nacionalidades, brasileiros também, pessoas de diversos cantos do país, de alto poder aquisitivo, com acesso à informação.

Segundo Valério, os turistas estão desde o dia 2 de abril navegando, passaram por comunidades indígenas.

“Nós vemos muitos estrangeiros falando sobre a nova cepa aqui no Amazonas, está todo mundo criticando, quando na verdade nós sabemos da fragilidade dos nossos índios em contato com pessoas de fora, principalmente em uma situação dessas”, destacou.

Foto: Divulgação/Secom