Hackers captam meio bilhĂ£o de telefones de usuĂ¡rios do Facebook

Especialista em ataques cibernĂ©ticos afirma que muitos pacotes de dados como este passam por um ciclo comum: depois de ser obtida, a informaĂ§Ă£o Ă© comercializada de maneira particular

hackers, captam, telefones, facebook

Publicado em: 07/04/2021 Ă s 18:12 | Atualizado em: 08/04/2021 Ă s 08:58

Um arquivo contendo informações sobre mais de 500 milhões de usuĂ¡rios do Facebook foi publicado, recentemente, de graça em um fĂ³rum de hackers. Os dados, porĂ©m, sĂ£o de 2019. 

Muitos pacotes de dados como este passam por um ciclo comum: depois de ser obtida, a informaĂ§Ă£o Ă© comercializada de maneira particular por preços cada vez menores – atĂ© ser disponibilizada de graça, conta o jornalista e especialista no assunto, Altieres Rohr, do G1.

Altieres explica a situaĂ§Ă£o em seu blog.

Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque cada comprador passa a ser um novo vendedor, tendo em vista que dados podem ser copiados sem custo. Segundo, porque a informaĂ§Ă£o vai ficando desatualizada e perde valor ao longo do tempo. 

Com muita gente querendo vender e poucos interessados em comprar informaĂ§Ă£o velha, o preço do arquivo acaba chegando a zero. Disponibilizar o arquivo de graça, porĂ©m, ajuda os hackers a melhorarem sua reputaĂ§Ă£o no mundo do crime. 

É por isso que pacotes de dados “ressurgem” como algo aparentemente novo muito depois. 

Mesmo nĂ£o sendo uma novidade, o pacote agora estĂ¡ nas mĂ£os de muitas pessoas, e vale a pena saber entender do que se trata.

Quais dados estĂ£o no vazamento? 

A informaĂ§Ă£o predominante Ă© o nĂºmero de telefone, presente em todos os 530 milhões de registros. 

Outras informações estĂ£o presentes em volume menor. De acordo com o especialista em segurança digital Troy Hunt, apenas 2,5 milhões de registros tĂªm o endereço de e-mail, por exemplo.

Alguns perfis tambĂ©m incluem dados de relacionamento e emprego. No geral, as informações devem corresponder ao que estava disponĂ­vel publicamente nos perfis na data da coleta, em setembro de 2019. 

Cerca de 8 milhões de registros foram atribuĂ­dos ao Brasil, mas isso nĂ£o significa que todos esses perfis tinham dados de localizaĂ§Ă£o.

Leia mais no G1

Foto: reproduĂ§Ă£o/TechTudo