Temer justifica termo “acidente” para o massacre de presos e se complica

Publicado em: 05/01/2017 às 20:13 | Atualizado em: 05/01/2017 às 20:13
Com a polêmica em torno da utilização da palavra “acidente” para se referir ao massacre de presos no Amazonas, o presidente Michel Temer (PMDB) usou as redes sociais nesta quinta-feira, dia 5, para tentar se defender e justificar a escolha do vocábulo.
O peemedebista enumerou em sua conta pessoal sinônimos de “acidente”, entre eles “tragédia, perda, desastre, desgraça e fatalidade”. O uso da palavra, empregada durante discurso do peemedebista, gerou críticas nas redes sociais. O presidente foi acusado de ter minimizado o episódio.
Em sua primeira declaração pública sobre o massacre, após três dias de silêncio absoluto, Temer lamentou o ocorrido e o chamou de “acidente pavoroso”.
A justificativa usada pelo presidente, contudo, foi motivo de ironias em sua página pessoal. “Então por que não usou essas [expressões]?”, questionou uma internauta. Pelo dicionário Aurélio, o significado de acidente é acontecimento casual ou inesperado.
Massacre
Na tarde do dia 1º de janeiro deste ano, presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) iniciaram um motim no complexo, após dezenas de presos terem fugido de outra unidade prisional situada nas imediações do Compaj, o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). Conforme informações divulgadas pelo Governo do Amazonas, naquele momento, a rebelião foi motivada por briga entre as facções criminosas Família do Norte (FDN), suposta líder do motim, e Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, 60 presos foram mortos.
Fonte: Folha de S. Paulo
Foto: Agência Estado