Dos quase 300 requerimentos que a CPI da covid recebeu até esta manhã (29), o que se refere a Manaus gerou polêmica entre os membros.
O foco foi o caos causado pelo coronavírus na capital do Amazonas.
Particularmente, na falta de oxigênio na segunda onda da doença que levou dezenas de pessoas à morte nos hospitais locais.
O relator Renan Calheiros (MDB-AL), portanto, incluiu pedido de informações da Prefeitura de Manaus, nos requerimentos iniciais a serem encaminhados.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), aponta essas informações deveriam ser encaminhadas diretamente ao Governo do Estado.
Conforme explicou, trata-se de uma questão da alçada estadual. Dessa maneira, aguardar informações da prefeitura pode levar a perda de tempo nas ações da comissão.
“A secretaria municipal é da atenção básica. Ela não tem hospital de urgência e emergência, que é tudo de responsabilidade do estado”, disse Aziz a Calheiros.
Em seguida, um certo bate-boca se estabeleceu entre a mesa diretora e governistas quanto à definição dos requerimentos.
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Preocupação com trabalhos
De acordo com Aziz, sua sugestão é no sentido de ganhar tempo porque a resposta de Manaus deve ser a de que não tem a ver com a falta de oxigênio.
A concordar com o presidente, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) também apontou erro na destinação do requerimento.
Contudo, o senador Humberto Costa (PT-PE) os contestou afirmando que UPA e UBS, unidades do município, também atendem com uso de oxigênio.
Em suma, Aziz deixou o relator e os membros da comissão à vontade para pedir dados tanto do governo quanto da prefeitura da capital do Amazonas.
Foto: Divulgação