Plínio, com discurso governista, diz participar da CPI da covid

Plínio defende imparcialidade na CPI: “Tem que ser isenta. Vivemos momento muito grave para que assunto tão sério seja transformado em campo de batalha"

Ministro do STF: Valério quer apoio de bolsonaristas Moro e Mourão a PEC

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 30/04/2021 às 19:16 | Atualizado em: 30/04/2021 às 19:16

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reforçou o discurso governistas na CPI da covid (coronavírus) e disse que participará do processo de investigação.

A postura de Plínio vem no sentido oposto ao do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), e de Eduardo Braga (MDB), integrante da comissão. Ambos são críticos das ações do governo Jair Bolsonaro na pandemia

Na mesma linha do presidente Bolsonaro e dos senadores governistas na comissão, Plínio defendeu a investigação de governadores e prefeitos sobre o uso de recursos federais no combate ao coronavírus. 

“Os ex-ministros da Saúde vão ser convocados, o nosso governador Wilson Lima, para atender ao fato determinado da CPI, também vai, em função da crise do oxigênio em Manaus. Mesmo de fora, com requerimentos e perguntas, os não membros como eu podemos participar para ajudar”, escreveu no Twitter. 

O senador amazonense também lembrou que defendeu o adiamento da CPI, mas caso fosse instalada teria que investigar, além do governo federal, os estaduais e municipais. 

“Minha esperança é que os governadores sejam chamados. Aí você vai poder verificar como foi empregada aquela dinheirama que foi enviada para todos os estados, não só para o Amazonas”, disse. 

Ele ainda condenou o uso da CPI como instrumento político. “CPI da covid instalada no Senado não pode ser palco para disputas de 2022”, disse. 

O senador defendeu imparcialidade nas investigações. “Tem que ser isenta. Vivemos momento muito grave para que assunto tão sério seja transformado em campo de batalha. Não faz sentido dizer que são 4 membros governistas e 7 da oposição. Não é tema para divisão política”, argumentou.

CPI das ongs 

Por ocasião da instalação da CPI, Plínio defendeu que a casa não acatasse a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para colocar em funcionamento a comissão.  

O senador brigou pela instalação da CPI para investigar ongs na Amazônia, proposta apresenta por ele ainda no ano passado. 

Na ocasião, argumentou que a mesma urgência alegada para a instalação da CPI da covid, existia também em relação a preocupação com o agravamento do desmatamento na Amazônia. 

“As reais dimensões desses graves fatos, assim como a responsabilidade por eles precisam ser investigadas de forma independente”, justificou na época.

Foto: PSDB na Câmara/divulgação/Agência Senado