O Ministério da Saúde negou o envio de doses extras de vacinas para o município de Manaus. O pedido foi feito nesta terça-feira (4) pelo prefeito de Manaus, Davi Almeida.
No entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu a liberação de R$ 334,2 milhões para a infraestrutura da atenção primária em saúde na capital do Amazonas.
Ao justificar a negativa da doses de vacina, o ministro da saúde alegou que a distribuição de imunizantes aos estados e municípios só deverá ser feita atendendo às determinações e prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Não podemos de forma alguma atender solicitações fora do PNI sob o risco de tumultuar o sistema de vacinação. É preciso seguir rigorosamente as determinações técnicas e as prioridades definidas”, declarou Marcelo Queiroga.
O pedido de vacinas ao Ministério da Saúde, feito por Davi Almeida, traz a preocupação do prefeito com a terceira onda de contaminação da covid-19.
Em suma, a proposta feita ao ministro era incluir Manaus dentro da margem técnica de 5%, que foram enviadas ao Amazonas pelo fundo nacional de vacinas.
Conforme Almeida, foi por conta dessas doses extras que o estado conseguiu sair na frente das demais unidades da federação no início da vacinação.
Consórcio de vacinas
Embora não tenha conseguido as doses extras, o prefeito Davi Almeida disse que continua otimista com as articulações do Consórcio Vacinar, do qual ele é o coordenador da Região Norte.
De acordo com o prefeito de Manaus, ainda estão em negociação doses da Sputnik – que teve o pedido de importação negado pela Anvisa – e outros tipos de imunizantes que o consórcio dos prefeitos das capitais está articulando com laboratórios nacionais e estrangeiros.
“Não vamos medir esforços em todos os espaços e instituições para conseguirmos vacinar a população de nossa cidade”, declarou o prefeito de Manaus
Volta às aulas
Também não foram atendidos os apelos feitos pelo secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino. Dessa forma, ele foi pedir vacinação aos professores de demais trabalhadores da educação do município.
Conforme o secretário, as aulas presenciais, em Manaus, estão previstas para começar no próximo dia 18 de maio.
“Há uma defasagem educacional muito grande em todo o país, embora tentemos resolver a questão pela via tecnológica, por sensoriamento remoto, mas precisamos resolver de vez essa questão. Por isso, estamos abrindo as escolas no dia 18”, disse Pauderney Avelino.
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CPI da covid
Questionado sobre uma provável convocação para depor na CPI da Covid do Senado, o prefeito Davi Almeida disse que irá sem problemas prestar esclarecimentos sobre tudo o que aconteceu nos 5 meses de gestão frente à Prefeitura de Manaus.
“Não vou tratar sobre fatos passado, da gestão anterior, mas do que fizemos durante a pandemia de janeiro até agora. E também trataremos do futuro, do que pode acontecer daqui para frente com uma provável terceira onda”, declarou Davi Almeida.
Atenção básica
Mas, Davi Almeida não saiu do Ministério da Saúde de mãos vazias. Entretanto, mesmo sem as doses extras de vacina, conseguiu a promessa de liberação de R$ 344,2 milhões para custear a infraestrutura da atenção primária do município de Manaus.
De acordo com o pedido da prefeitura de Manaus, os recursos serão destinados às seguintes ações:
Reforma de 63 estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) – R$ 152,5 milhões; Construção de 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) – R$ 84 milhões; Construção de 4 farmácias distritais – R$ 10 milhões; Programa nutricional infantil – R$ 19,2 milhões; Construção de rede de frios imunobiológicos – R$ 2 milhões; Centro Tecnológico de Informação da Saúde – R$ 30 milhões; Construção de 7 Centros de Atenção Psicossocial – R$ 17,5 milhões; Ampliação e manutenção do serviço do transporte sanitário – R$ 13 milhões; Construção de um centro especializado em reabilitação – R$ 3,5 milhões; Reforma e construção do parque tecnológico da Semsa – R$ 10 milhões; Construção e aquisição de equipamentos do Serviço de Óbito de Manaus – R$ 2,5 milhões.
Foto: Carolina Antunes/ PR