STF nega habeas corpus para ‘Capitã Cloroquina’ no depoimento da CPI da covid
Decisão é do ministro Ricardo Lewandowski, no começo da noite desta terça, dia 18

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 18/05/2021 às 17:55 | Atualizado em: 18/05/2021 às 18:43
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, indeferiu o pedido da secretária Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina” do Ministério da Saúde.
Conforme o entendimento do ministro, ela não está nas mesmas condições do ex-chefe Eduardo Pazuello. Este já é alvo de investigação e, portanto, tem razão para se manter calado em certas situações na CPI da covid (CPI da pandemia) do Senado.
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“Não vou me calar”
Nesta segunda, a “Capitã Cloroquina” de Pazuello, que dirige a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, disse que falar na CPI é o seu maior desejo.
Conforme ela, o pedido ao STF não foi para ter o direito de ficar em silêncio na CPI.
“Eu não entrei com um processo para ficar calada, não. Eu entrei com um processo pra ter direito a levar os meus advogados. O que eu mais quero nessa CPI é falar. É exatamente o contrário”.
De acordo com o que afirmou, ela tem “muito interesse de poder falar, para o Brasil, a verdade e o que eu vivo no meu trabalho”.
Além disso, adiantou que vai defender a cloroquina, remédio para malária e que é ineficaz para tratar a covid.
Lançado em Manaus, onde coordenava força-tarefa de Pazuello para empurrar o “tratamento precoce” à saúde da capital, o aplicativo Trate-Cov vai ser defendido por Mayra.
Esse aplicativo, portanto, criado pelo governo Bolsonaro, era justamente para orientar médicos na prescrição do “kit covid”.
Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde