O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou nesta quinta-feira (20), à CPI da Covid, que o governo Jair Bolsonaro chegou a discutir uma intervenção no Amazonas.
A medida deveria ser feita durante a crise no sistema de saúde do estado devido à pandemia. O respectivo período foi marcado pela morte de doentes por falta de oxigênio. No entanto, o governo federal desistiu após ouvir o governador, Wilson Lima.
Documentos indicam que 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus nos dias 14 e 15 de janeiro, quando a capital atingiu o ápice da falta do insumo.
A falta de oxigênio nos hospitais de Manaus, em meio à disparada nos casos de Covid, levou a cidade a um cenário de caos.
Pacientes que dependiam do insumo tiveram que ser transportados de avião para outros estados. Parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria.
Pazuello foi questionado nesta quinta pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a razão de o governo federal não ter feito a intervenção no Amazonas durante a crise.
“Essa decisão [de intervir] não era minha. Foi levada ao conselho de ministros, o governador se apresentou, se justificou. Desculpa, quero retirar o termo, não é conselho de ministros, é reunião de ministros, com o presidente. O governador se explicou e foi decidido pela não intervenção”, afirmou Pazuello.
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Foto: Agência Senado