A Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou, nesta quinta-feira (20), o primeiro caso de covid-19 (coronavírus) no país provocado pela variante indiana (B.1.617). O que liga o sinal de alerta de outros estados.
Ela foi identificada em um paciente indiano, de 54 anos, que deu entrada em um hospital da rede privada em São Luís na semana passada.
Esse caso é de um dos tripulantes do navio MV Shandong da ZHI, cujas amostras de sangue foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.
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O navio está em quarentena. Entre os tripulantes, há 15 casos confirmados de covid. Seis amostras de sangue foram encaminhadas para o instituto e todas foram confirmadas como cepas indianas.
Até o momento, apenas as variantes do Reino Unido e da África do Sul haviam sido confirmadas no Brasil, além da cepa do Amazonas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante indiana como de preocupação, sendo um dos fatores que levaram à explosão de casos e mortes na Índia, que ultrapassou 4 mil mortes diárias.
Por que a variante da Índia preocupa?
Conforme o G1 , os primeiros relatos dessa nova versão do coronavírus foram publicados ainda em outubro de 2020.
No dia 10 maio, a Argentina anunciou a descoberta de dois casos de covid causados pela B.1.617.
Como a Argentina faz fronteira com o Brasil e há um constante fluxo entre os dois países, o risco de a nova versão “pular” para cá aumenta consideravelmente.
A variante possui três versões, com pequenas diferenças: a B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3.
Nas últimas semanas, a cepa também foi detectada em outros 44 países de todos os seis continentes.
Desde o final de abril, a Índia vive seus piores momentos desde que a pandemia começou, com recordes nos números de infectados e óbitos.
No Reino Unido, a subida vertiginosa de pacientes infectados com a B.1.617 ameaça a reabertura: já existem dúvidas se as atividades sociais e econômicas serão 100% retomadas até junho.
Agora, com as novas variantes, a carga viral necessária para desenvolver a covid-19 é um pouco mais baixa, o que certamente representa um perigo.
“É como se o vírus criasse caminhos para escapar do sistema imune e desenvolvesse maneiras de transmissão mais eficazes”, diz o virologista Fernando Spilki.
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Foto: Divulgação/ebc