‘Capitã Cloroquina’ nega hackeamento do TrateCov e contraria Pazuello

Conforme a secretária, a constatação de que houve uma extração de dados foi o que levou o ministério a tirar o dispositivo do ar

Ferreira Gabriel

Publicado em: 25/05/2021 às 15:45 | Atualizado em: 25/05/2021 às 15:54

A secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, negou à CPI da Covid nesta terça (25) hackeamento do aplicativo Tratecov.

De acordo com ela, ocorreu uma extração de dados.

Na semana passada o ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) afirmou que o aplicativo foi hackeado após lançamento em Manaus.

Conforme a secretária, a constatação de que houve uma extração de dados foi o que levou o ministério a tirar o dispositivo do ar. Pazuello disse o mesmo na semana passada.

Ao contrário do que disse o ex-ministro, porém, Mayra frisou em depoimento, que não houve alterações no aplicativo porque ele era seguro. A retirada do ar foi feita para que houvesse uma investigação.

Por outro lado, Pazuello afirmou na semana passada à CPI que o aplicativo foi manipulado e colocado no ar pelo hacker.

“Ele (o hacker) pegou esse diagnóstico, botou, alterou, com dados lá dentro, e colocou na rede pública. Quem colocou foi ele; tem todo o boletim de ocorrência. Eu vou disponibilizar para os senhores”, disse Pazuello.

Nesta terça, Mayra disse que o laudo da perícia no aplicativo mostra não ter havido hackeamento.

“Ele não conseguiu hackear. Hackear é quando você usa a senha de alguém. Foi uma extração indevida de dados. O termo usado [por Pazuello] foi um termo de leigos”, tentou justificar.

“O que ele [a pessoa que inspecionou o aplicativo] fez foram simulações indevidas, fora de contexto epidemiológico”, disse Mayra.

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Foto: Agência Senado