O ex-superintendente da ZFM (Suframa) Alfredo Menezes Júnior (Patriota ), conhecido como coronel Menezes, é o coordenador da campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à reeleição em 2022.
Pelo menos é assim que se autoproclamou nesta quarta-feira (26). Ele anunciava, via post no Facebook, embarque em voo particular para São Gabriel da Cachoeira. Trata-se de município que fica a mais de 850 quilômetros de Manaus.
Seu objetivo é esperar o compadre presidente depois que esteve em viagem a Brasília até nesta quarta-feira (26), quando retornou ao Amazonas para não dar espaço a outros bolsonaristas.
“Conversamos pessoalmente e fiquei de aguardá-lo em São Gabriel para visitas e reuniões”, disse ele.
Além dele, disputam a atenção de Bolsonaro no estado os aliados deputados federais Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Delegado Pablo (PSL) e estadual Delegado Péricles (PSL).
Este, aliás, foi o autor do polêmico título de Cidadão do Amazonas para Bolsonaro.
“O presidente sempre teve carinho especial por nossa região. Prova disso é que está vindo ao estado em menos de dois meses”, afirmou Menezes.
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Campanha antecipada?
Conforme o coronel aposentado, logo em seguida vai voltar à região do alto rio Negro.
Suas viagens pelo interior do estado são de cunho político, quando se coloca em pré-campanha eleitoral.
Aguardando ordens de Bolsonaro, cogita se candidatar ao governo ou ao Senado.
Em 30 de março, coronel Menezes teve covid-19 após promover aglomeração.
A informação foi divulgada por seus aliados quando fez teste.
Bolsonarista, o ex-militar é adepto do negacionismo da doença e velho causador de aglomerações que atentam contra as recomendações de prevenção ao vírus.
Desde a primeira onda do coronavírus, em 2020, o coronel reservista se colocou ao lado de Bolsonaro e de outros negacionistas diante de medidas contra o vírus.
Como no dia 27 de março, Menezes, sem máscara e nem álcool gel para higienizar as mãos, provocou aglomeração em reunião com ativistas e seguidores do presidente Jair Bolsonaro.
Foi na zona sul de Manaus, região mais atingida na capital pelas contaminações do coronavírus.
Foto: Divulgação