No AM, Bolsonaro volta a fazer ameaça ao país de uso do “seu Exército”
"Vocês que decidem em qualquer lugar do mundo como aquele povo vai viver”, disse Bolsonaro em reunião com comandantes militares no Amazonas

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 27/05/2021 às 20:13 | Atualizado em: 28/05/2021 às 08:54
Falando a comandantes militares da fronteira do Brasil com a Venezuela, no município de São Gabriel da Cachoeira, a mais de 850 quilômetros de Manaus, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a fazer discurso de ameaça de uso do “seu Exército”.
Ele, portanto, abordava a questão da liberdade do brasileiro diante de medidas de governadores para proteger a população da covid (coronavírus).
Contudo, não fez referência aos quase meio milhão de mortos no Brasil pela covid.
“Vocês que decidem em qualquer lugar do mundo como aquele povo vai viver”, disse, se dirigindo a militares presentes em almoço.
Dessa maneira, Bolsonaro disse à sua plateia que “a liberdade no país” está em suas mãos.
E prosseguiu:
“Mais do que obrigação e dever, tenho certeza que vocês agirão dentro das quatro linhas da Constituição, se necessário for”.
Em conclusão ao tom de ameaça do discurso, Bolsonaro disse:
“Espero que não seja necessário, que a gente parta para normalidade. Não estamos nela ainda, estamos longe dela. Mas, ninguém pode acusar o atual presidente de ser uma pessoa que não seja democrática que não respeita as leis e que não aja dentro da Constituição”.
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Ato político
Embora tenha procurado esconder que sua visita tinha caráter político, Bolsonaro fez da viagem um “ato de campanha” à reeleição em 2022.
“Na política estamos polarizados. Cada um pode fazer o seu juízo sobre quem é o melhor ou o menos ruim. Mas, eu duvido que, no fundo, quem porventura fizer uma análise do que aconteceu no Brasil nos últimos 20 anos, que essa pessoa erre no ano que vem”.
Como resultado da rejeição dos indígenas à sua presença, o Planalto não informou se Bolsonaro visitaria aldeia de índios ianomâmis.
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Foto: Divulgação