Na CPI, epidemiologista cita Tefé na suspensão de estudo por Pazuello
Pedro Hallal disse que a explicação dada pelo ministro Pazuello, à época, não tinha nenhum critério técnico

Publicado em: 24/06/2021 às 14:31 | Atualizado em: 24/06/2021 às 14:31
O ex-reitor da Universidade de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, criticou na CPI da Covid a decisão do Ministério da Saúde de interromper, sem explicações, o Epicovid.
O estudo epidemiológico de porte nacional tratava sobre o avanço da pandemia da covid no Brasil.
A nova fase desse estudo teria custo de R$ 12 milhões. Após a suspensão do financiamento o governo anunciou outro, ao custo de R$ 200 milhões que foi, posteriormente, cancelado.
De acordo com Hallal, o escopo dos estudos são os mesmos.
“Esse novo estudo nos chamou atenção, porque o tamanho do estudo era praticamente igual ao nosso, era só em capitais e regiões metropolitanas, diferente do nosso que pegou o interior do Brasil. Aliás, os resultados mais interessantes foram obtidos nas cidades de Tefé, no Amazonas, e de Breves, no Pará, cidades que não entrarão nesse novo estudo, com o custo de R$200 milhões”, disse.
Segundo o pesquisador, a justificativa para a troca foi explicada aos envolvidos nas pesquisas através da imprensa.
“Nós pesquisadores ficamos sabendo pela mídia, nunca fomos comunicados. E a explicação dada pelo ministro Pazuello, à época, não tinha nenhum critério técnico. Basicamente, ele disse que fariam outros estudos, que optaram por não continuar com aquele e fariam outros”, explicou.
O pesquisador falou, ainda, que entre junho de 2020 e março de 2021 não houve investigação de campo. Portanto, isso dificulta mensurar a realidade epidemiológica da Covid no Brasil.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado