Defesa e Saúde se contradizem sobre produção de cloroquina no país
O medicamento se tornou a principal estratégia do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 07/07/2021 às 08:27 | Atualizado em: 07/07/2021 às 08:27
Em documentos encaminhados à CPI da covid, os ministérios da Saúde e da Defesa se contradizem sobre a responsabilidade no aumento da produção de cloroquina.
Apesar do medicamento utilizado contra à malária e sem eficácia comprovada contra a covid-19, que foi distribuído à rede pública.
Por outro lado, a cloroquina se tornou a principal estratégia do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia.
Segundo o EL PAÍS, a crise de responsabilidade coloca o Governo em nova saia justa. Ou seja, num momento em que o presidente é acusado de contar com um gabinete paralelo de gestão da pandemia.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro vê seu comando na Saúde acossado por denúncias de corrupção.
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Saúde e Defesa
O Ministério da Saúde disse à CPI que a ordem não partiu de lá. “Informamos que não houve envio, por parte do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), de nenhum ofício ao Ministério da Defesa solicitando a produção de cloroquina e hidroxicloroquina.”
O Ministério da Defesa, contudo, afirmou que atendeu “à orientação e à demanda do Ministério da Saúde para a produção de cloroquina” no Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.
Ofício da pasta enviado à CPI e assinado pelo atual ministro Walter Braga Netto acrescenta ainda que o laboratório não realiza “por não ser sua missão, qualquer juízo de valor de eficácia de medicamentos”, tampouco da prescrição médica.
Dessa amenira, a Defesa vem repetindo essa narrativa desde o começo da crise sanitária.
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Foto: Carolina Antunes/PR