PolĂ­cia descobre como criminosos acessam contas bancĂ¡rias de celulares

Um dos focos dos criminosos Ă© o Notes, disponĂ­vel na nuvem da Apple. É comum, usuĂ¡rios armazenarem senhas de banco e de cartĂ£o no aplicativo

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Publicado em: 08/07/2021 Ă s 20:12 | Atualizado em: 08/07/2021 Ă s 20:12

A PolĂ­cia de SĂ£o Paulo estĂ¡ descobrindo como criminosos conseguem ter acesso a contas bancĂ¡rias de vĂ­timas de iPhones furtados. O golpe Ă© aplicado tambĂ©m em smartphones. O que parecia ser complexo e inovador, se revelou simples.

Ao contrĂ¡rio do que se imaginava, os bandidos nĂ£o contavam com softwares avançados para desbloquear os aparelhos da Apple, mas sim, informações fornecidas pelos prĂ³prios donos. 

Em matĂ©ria divulgada pela Folha de S. Paulo na quarta-feira (7), a polĂ­cia explicou que começou a desvendar o mistĂ©rio apĂ³s o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prender uma quadrilha em novembro de 2020.

De acordo com o delegado Fabiano Barbeiro, tudo começa com os criminosos removendo o chip do aparelho furtado e colocando em outro desbloqueado. 

Bandidos requerem uma proposta falsa de cadastro e roubam dados pessoais dos trabalhadores 

Em seguida, eles passavam a pesquisar redes sociais, como Facebook e Instagram, que o nĂºmero de telefone estĂ¡ vinculado. A partir disso, descobriam e-mails que as vĂ­timas utilizam usualmente e na sequĂªncia usavam isso para acessar backups armazenados na nuvem.

VĂ­timas fornecem dados

Com acesso a todas as informações das vĂ­timas, os criminosos passam a buscar dados com nome de “senha”.

E segundo Barbeiro, Ă© comum encontrar esse tipo de informaĂ§Ă£o em serviços de nuvem como Drive e iCloud.

Um dos focos dos delinquentes Ă© o Notes, disponĂ­vel na nuvem da Apple. É comum, usuĂ¡rios armazenarem senhas de banco e de cartĂ£o de crĂ©dito no aplicativo. 

Para finalizar o golpe, o chip volta ao celular roubado. E com as senhas em mĂ£os, passa para outro membro da quadrilha que termina fazendo todas as transferĂªncias bancĂ¡rias. 

Um dos suspeitos presos Ă© um tĂ©cnico de informĂ¡tica de 22 anos, que disse Ă  polĂ­cia que conhece pelo menos trĂªs pessoas que ensinam criminosos interessados em obter senhas de smartphones roubados.

AlĂ©m disso, hĂ¡ um grupo de nigerianos conhecidos por terem aparelhos receptados e, principalmente, por terem softwares capazes de desbloquear os celulares.

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Foto: Olhar Digital/reproduĂ§Ă£o