O general Edson Pujol, ex-comandante do Exército , terá de cumprir quarentena e não poderá trabalhar na iniciativa privada por seis meses. Até lá, manterá o salário integral que recebia até este ano, por volta de R$ 32 mil. A decisão foi assinada pela Comissão de Ética Pública da Presidência no último dia 29.
Pujol deixou o comando do Exército em abril. A partir de 31 de março, Jair Bolsonaro deflagrou uma crise com as Forças Armadas inédita em quatro décadas: trocou o ministro da Defesa e os comandantes das três Forças de uma vez.
Num raro pronunciamento, em novembro de 2020, Pujol afirmou que os militares não querem “fazer parte da política” e disse que o combate à covid é a “missão mais importante de nossa geração”. Bolsonaro costuma se referir à Força como “meu Exército”.
General fez críticas a Bolsonaro
O general foi envolvido em uma história que circulou no chamado Forte Apache, como é conhecido o Quartel General do Exército, em Brasília: num encontro recente, o ex-comandante do Exército Edson Leal Pujol comentou com Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro:
“Pazuello, quando o Bolsonaro lhe proibiu de comprar vacinas, você deveria ter pedido demissão. Obedecendo, você se ferrou e nos ferrou junto”.
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O Exército nega este eventual diálogo entre o ex-comandante do Exército Edson Leal Pujol e Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Saúde. A instituição diz que o diálogo nunca existiu “até porque este não é o perfil do general Pujol”.
Investigação
O Ministério Público Federal (MPF), denunciou o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, na terça-feira (13), por improbidade administrativa.
O secretário de Saúde do estado, Marcellus Campelo, também é alvo da ação.
Conforme aponta o MPF, houve omissão por parte dos agentes públicos, entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Durante esse respectivo período, chegou a faltar oxigênio no estado, no ápice da crise do novo coronavírus.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil