Deputado diz que governo atendeu seus pedidos contra seca na Amazônia

Nesta terça-feira (26/9), o deputado federal Fausto Santos Júnior (União-AM) demonstrou seu compromisso com os estados do Amazonas e Rondônia durante uma reunião realizada por videoconferência para resolver a questão da navegabilidade nos rios Madeira, Solimões e Amazonas, afetados com a seca na Amazônia.

O encontro contou com a participação de autoridades dos Ministérios de Portos e Aeroportos e dos Transportes, com o objetivo de discutir medidas urgentes para combater a pior seca já registrada na região Amazônica, que ameaça a distribuição de água e alimentos para centenas de milhares de pessoas até o final de outubro.

Na reunião, estavam presentes representantes dos Ministros de Estado dos Transportes, incluindo o ministro Renan Filho, e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, bem como membros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, entre outros.

Autoridades de Rondônia também participaram da reunião, uma vez que a seca afeta não apenas o Amazonas, mas também estados vizinhos.

O deputado Fausto Santos Júnior uniu forças com as autoridades de ambos os estados, incluindo o Vice-Governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves, e parlamentares do Senado Federal e da Câmara dos Deputados de Rondônia.

O parlamentar amazonense destacou a gravidade da situação, que já isolou alguns municípios e levou ao estado de emergência declarado por 13 cidades do Amazonas.

A projeção é que até o final do próximo mês, 59 dos 62 municípios amazonenses estejam em situação de emergência, resultando em restrições severas no fornecimento de alimentos, água e até mesmo na educação de cerca de 20 mil crianças.

“Nossa população pede uma resposta imediata, não podemos esperar mais. Só quem depende dos rios da região sente as consequências da estiagem”, enfatizou Fausto Santos Júnior.

A seca está comprometendo a navegabilidade nos rios, o que afeta a chegada de insumos e a distribuição de produtos da Zona Franca de Manaus, aumentando o risco de desabastecimento na região.

Durante a reunião, o DNIT apresentou uma das ações do Governo Federal, que é um projeto de dragagem emergencial em um trecho de aproximadamente 8 km entre as cidades de Tabatinga e Benjamin Constant, com o objetivo de remover sedimentos e manter a profundidade dos canais de navegação das operações portuárias.

Ainda serão investidos R$ 141 milhões para possibilitar a navegabilidade pelos rio Amazonas, por onde chegam os insumos para a Zona Franca de Manaus.

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Na oportunidade, os ministros Renan Filho e Silvio Costa Filho assinaram a ordem de serviço para a chegada da draga na região e também assumiram compromisso de avançar nas regiões do Tabocal e na Foz do Rio Madeira.

Os trabalhos devem ter início no próximo dia 06 de outubro e durar 45 dias.

Outras pastas do Governo Federal, atendendo a solicitação do requerimento de indicação do deputado Fausto Santos Júnior, se comprometeram também na ampliação da ajuda humanitária e combate a incêndios.

Junto com o executivo local

Na primeira quinzena de setembro, o governador do Amazonas, Wilson Lima, assinou um decreto de Situação de Emergência Ambiental em municípios da região do Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus, além de apresentar o plano de ação da Operação Estiagem 2023, que envolve 30 órgãos da administração pública estadual.

No dia seguinte, o deputado federal Fausto Santos Júnior envolveu o Governo Federal por meio de um requerimento de indicação, solicitando ações para amenizar os impactos da estiagem no Amazonas.

Segundo a Defesa Civil do Estado, a previsão é que, devido à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa em comparação com anos anteriores, o que pode afetar mais de 50 municípios amazonenses.

O deputado Fausto Santos Júnior reiterou seu compromisso em buscar soluções para aliviar os prejuízos causados por essa estiagem e espera que as propostas apresentadas pelo Governo Federal atendam às necessidades do Amazonas e de Rondônia diante dessa crise.

Foto: divulgação