A Ciranda Tradicional nasceu na escola estadual José Seffair, no bairro Terra Preta, periferia de Manacapuru.
Ela é uma das pioneiras, junto com a Flor Matizada. As duas, aliás, polarizavam as torcidas nos primeiros festivais.
Até que a Guerreiros Mura, surgiu, ampliando a rivalidade entre elas.
A Tradicional é a que possui menos títulos, apenas cinco. Entre eles, o último festival válido, ocorrido em 2019, antes da pandemia de Covid-19.
Suas cores são vermelho, dourado e branco. E seu símbolo é uma coroa dourada. Seus torcedores lhe chamam de Majestosa.
A sua torcida é a TOT, Torcida Organizada da Tradicional. A TOT, nos anos 1990 e 2000, fazia na arquibancada verdadeiros espetáculos à parte.
Cada ciranda chama sua torcida por um adjetivo. A Matizada chama sua torcida de família. A Guerreiros Mura, a chama de nação guerreirense.
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A Tradicional chama a sua de etnia. Assim sua torcida é a etnia vermelho, dourado e branco.
A ciranda do bairro Terra Preta, se orgulha por ser, justamente, tradicional, como está dito em seu nome.
Mesmo diante das transformações no formato das apresentações das cirandas, faz questão de valorizar suas personagens tradicionais no contexto original da ciranda.
Gabriele Santos, 16 anos, estudante da escola José Seffair, diz que gosta da Tradicional porque ela fala das coisas de Manacapuru e do bairro onde nasceu e cresceu.
“Eu gosto da Tradicional porque ela mostra muita cultura e muita dança. Ela fala da Terra Preta, como é bonito aqui também, e a sua dança é muito linda”.
Na noite desse domingo, às 21h30, a Majestosa encerra o 25º Festival de Cirandas de Manacapuru com o tema Eldorado Encantado.
Fotos: Dassuem Nogueira/ especial para o BNC Amazonas