Bolsonaro, após o ‘pintou um clima’, continuou a mentir sobre venezuelanas

A socióloga Rosângela Silva, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a compartilhar nas redes sociais declarações de Jair Bolsonaro (PL) referentes a um encontro com jovens venezuelanas.

Na nova gravação resgatada por Janja, como ela é conhecida, o presidente insinua, como fez em pelo menos outras duas ocasiões, que as meninas estariam arrumadas para fazer programa, o que já foi negado pelas responsáveis pela casa de acolhimento na periferia de Brasília — no local, acontecia um curso com aulas de maquiagem, e por isso as estrangeiras estavam produzidas.

“Meninas bonitas, de 14 e 15 anos… Se arrumando para quê? Se arrumando sábado à tarde para quê? É isso que nós queremos para nossas filhas e netas?”, pergunta Bolsonaro, exaltado, no vídeo de apenas 14 segundos.

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Desde que o caso veio à tona, motivado por uma fala do chefe do Executivo em que ele afirmou que “pintou um clima” com as jovens venezuelanas, Bolsonaro mudou a linha de defesa algumas vezes.

Primeiro, em meio a acusações que enxergavam até mesmo pedofilia no episódio, o presidente argumentou que o encontro com as meninas chegou a ser transmitido ao vivo, o que indicaria não haver ali nenhuma conduta da parte dele a ser recriminada.

Nos últimos dias, o candidato à reeleição vem argumentando também que, na ocasião, desconfiou que as meninas poderiam estar sendo exploradas, mas que uma visita da então ministra Damares Alves afastou a suspeita.

“A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras”, disse o presidente em um vídeo divulgado nesta terça-feira, no qual ele se desculpou se “suas palavras, que por má fé foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas”.

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Foto: BNC AMAZONAS