Bolsonaro segue calado e não contesta resultado das urnas

Previsão é a de que Bolsonaro deve falar somente do que considera um jogo desigual, com apoio da Justiça Eleitoral

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 31/10/2022 às 23:03 | Atualizado em: 31/10/2022 às 23:03

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fará sua primeira declaração pública depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser eleito o 39º presidente do Brasil, provavelmente, nesta terça-feira (1º.). A fala não ocorreu nesta segunda-feira (31) e ele não contestará o resultado da eleição. 

Candidato à reeleição derrotado, isolou-se durante a noite de domingo (30), depois de proclamado o resultado das eleições de 2022. Bolsonaro trabalha no texto de um pronunciamento formal com aliados próximos. 

O chefe do Executivo não dará entrevista. Será apenas um pronunciamento. Por enquanto, decidiu que não recorrerá à Justiça para contestar o resultado da eleição.

No pronunciamento à nação, Bolsonaro deve apenas falar sobre o que considerou um jogo desigual, com muitas decisões da Justiça Eleitoral que o teriam prejudicado.  

Segundo apurou o jornalista Murilo Fagundes, do Poder360, o presidente avalia que sua derrota se deu sobretudo pela perda de votos em São Paulo e um pouco em Minas Gerais em relação a 2018. São Paulo foi decisivo.   

O presidente teve no Nordeste em 2022 mais votos em termos percentuais do que recebeu em 2018.

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Já no Sudeste, Bolsonaro protagonizou uma debacle eleitoral. Em 2018, no chamado “Triângulo das Bermudas da política” (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), o presidente teve 65,5% dos votos válidos. Agora, foram só 54,1%.  

Bolsonaro diz ainda que, na reta final, dois episódios o prejudicaram muito: o vazamento de estudo do Ministério da Economia, dizendo que o governo cogitava não dar mais reajustes para o salário-mínimo; e a atitude de Roberto Jefferson contra agentes da Polícia Federal. 

Bolsonaro diz a aliados que o episódio envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pode ter prejudicado a campanha, mas em menor escala. 

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Foto: Marcos Corrêa/PR