Bolsonaro empaca, rejeição aumenta e segundo turno já é lucro
Própria campanha já mostra desânimo e os cartuchos terminaram
Ferreira Gabriel
Publicado em: 16/09/2022 às 18:10 | Atualizado em: 16/09/2022 às 18:11
Em uma avaliação realista, integrantes da coordenação política da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já demonstram desânimo nesta reta final da corrida eleitoral.
A percepção interna é que todo arsenal já foi usado e mesmo assim a nova pesquisa Datafolha aponta estabilidade, além de rejeição elevada de Bolsonaro.
Na campanha, a expectativa inicial era que a mobilização na comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro, poderia criar uma nova onda nesta reta final antes das eleições. Mas isso não se concretizou.
Outra aposta foi a PEC Eleitoral, que turbinou o Auxílio Brasil e o aumentou temporariamente para R$ 600. Mas o efeito eleitoral foi menor do que o esperado inicialmente por aliados políticos do presidente.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15) já foi realizada num cenário de decantação depois de todo arsenal utilizado pela campanha de Bolsonaro.
O levantamento mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.
Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% – a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 7% para 8%. Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.
Na campanha de Bolsonaro, toda torcida agora é para que não haja uma desidratação de Ciro, Simone e Soraya. Isso porque, no cenário atual, a resiliência dos candidatos do segundo pelotão será a chance do presidente levar a disputa para o segundo turno.
Leia mais no G1
Leia mais
Lula mantém 45% e Bolsonaro cai para 33%, aponta Datafolha
Bolsonaro é mais rejeitado pelo eleitor com 53%, Lula tem 38%
Foto: Reprodução