Defesa tenta convencer novo presidente do TSE a mudar teste de urna

No modelo atual, a testagem ocorre no dia da votaรงรฃo nos Tribunais Regionais Eleitorais

Alexandre de Moraes STF

Ferreira Gabriel

Publicado em: 15/08/2022 ร s 09:59 | Atualizado em: 15/08/2022 ร s 09:59

Militares que participam da fiscalizaรงรฃo do sistema eletrรดnico de votaรงรฃo veem como insuficientes atรฉ agora as mudanรงas adotas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar a transparรชncia e a confianรงa nas eleiรงรตes.

O Ministรฉrio da Defesa nรฃo conseguiu emplacar uma forma de teste que os militares consideram fundamental para assegurar a seguranรงa e o funcionamento correto das urnas. Esse รฉ o principal ponto que as Forรงas Armadas querem tentar convencer o prรณximo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, a adotar.

O foco dos militares รฉ o teste de integridade. Ele consiste numa votaรงรฃo simulada, realizada desde 2002 pela Justiรงa Eleitoral, como forma de certificar que as urnas contam corretamente os votos digitados. Nunca houve divergรชncias, mas os militares propuseram mudanรงas no processo.

No modelo atual, a testagem ocorre no dia da votaรงรฃo nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para onde urnas sorteadas na vรฉspera do pleito sรฃo levadas. Lรก, em ambiente de “laboratรณrio”, servidores digitam os votos registrados antes em cรฉdulas de papel.

Ao fim, a contagem da urna รฉ comparada com a das cรฉdulas. Tudo รฉ filmado e transmitido ao vivo na internet. Fiscais podem acompanhar o procedimento e nรฃo hรก envolvimento direto de eleitores.

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Condiรงรตes reais

Os militares acham que a votaรงรฃo paralela do teste deve ocorrer em condiรงรตes reais. Por isso, propuseram que o teste de integridade seja realizado na prรณpria seรงรฃo eleitoral. Bastaria instalar uma segunda urna apenas para os testes. E, alรฉm disso, os eleitores deveriam ser convidados a participar, o que garantiria, na visรฃo deles, o ritmo real de votaรงรฃo.

Depois de votarem na cabine oficial, eles seriam chamados a destravar a urna-teste com a prรณpria biometria e, em seguida, dispensados. A partir daรญ, servidores da Justiรงa procederiam ร  votaรงรฃo paralela como fazem hoje.

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Foto: Divulgaรงรฃo/STF