Defesa entrega relatório das urnas ao TSE sem encontrar nada

Sem conseguir provar nada, a pasta pede que seja feita uma investigação técnica urgente sobre eventuais riscos de segurança das urnas

Ferreira Gabriel

Publicado em: 09/11/2022 às 18:17 | Atualizado em: 09/11/2022 às 18:20

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relatório de fiscalização do processo de votação.

Sem conseguir provar nada, a pasta pede que seja feita uma investigação técnica urgente sobre eventuais riscos de segurança das urnas. O documento tem 22 páginas e fala num suposto risco de que um “código malicioso” possa interferir no funcionamento dos aparelhos de votação.

Num ofício em que encaminha o relatório, o ministro alega que durante a inspeção dos militares teria sido observada situação que “pode configurar relevante risco à segurança do processo”.

“Dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, diz Nogueira.

Nogueira sugere que seja criada uma comissão de técnicos de instituições da sociedade para fazer a investigação do funcionamento das urnas. Esse trabalho, no entanto, já é feito durante o processo de preparação da eleição, com a possibilidade de instituições de fiscalização, como a própria Defesa, para analisar a urna e também os programas que a fazem funcionar.

Para isso, apresento, como sugestão, a criação de uma comissão específica, integrada por técnicos renomados da sociedade e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Após informar que levaria até 30 dias para concluir sua fiscalização do processo eleitoral, o Ministério da Defesa anunciou há dois dias que entregaria o relatório nesta quarta-feira.

O prazo encurtado atendeu às pressões do presidente Jair Bolsonaro, que trocou os holofotes pelos bastidores desde que perdeu a disputa para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, no último domingo de outubro.

Nas poucas declarações que concedeu de lá para cá, o presidente insinua que o dossiê dos militares pode alterar o jogo. “Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo”, afirmou ele, na última segunda-feira7.

Leia mais em MSN Notícias

Leia mais

Relatório da OAB de Beto Simonetti a Moraes aponta zero de falha nas urnas

Foto: Divulgação