Ipec: Bolsonaro acusa golpe e foco é evitar derrota no primeiro turno
Estratégia do presidente passa a ser diminuir vantagem antes do segundo turno e abrir conversas com o MDB

Publicado em: 13/09/2022 às 10:42 | Atualizado em: 13/09/2022 às 10:42
O novo Ipec, divulgado na noite de segunda-feira (12) e que mostrou estagnação de Jair Bolsonaro (PL) na campanha presidencial, frustrou o QG da reeleição.
De acordo com a pesquisa, Bolsonaro se manteve com 31% das intenções de voto – patamar similar ao obtido em 19 de agosto. Enquanto isso, Lula (PT) subiu de 44%, em 7 de setembro, para 46% agora.
Em reunião no mesmo dia da divulgação dos dados, antes da pesquisa, aliados de Bolsonaro alinharam dois focos para a campanha daqui para frente: atuar para diminuir a vantagem de Lula no 2º turno e abrir conversas com o MDB de olho nos votos de Simone Tebet num eventual segundo turno.
Há, inclusive, quem defenda internamente que é possível convencer o MDB a apoiar Bolsonaro no 2º turno, mesmo sem declaração de Tebet. O comitê de Lula avalia ser improvável o apoio do MDB a Bolsonaro.
Mas, para o QG bolsonarista, o melhor cenário seria Tebet não declarar apoio explícito ao presidente.
Em entrevista ao podcast O Assunto, do g1, Tebet afirmou que estará “em um palanque eleitoral defendendo a democracia” em um eventual 2º turno da disputa presidencial. Ao Congresso em Foco, em fevereiro, a candidata disse: “meu voto Bolsonaro não tem”.
Uma ala do QG bolsonarista aposta ainda em outra carta: que parte dos eleitores de Lula não vão votar e que essa abstenção diminua a vantagem para Bolsonaro no 2º turno. Essa esperança, contudo, causou um racha interno: outra parte do grupo acha que não passa de tese sem lastro de realidade.
Há um clima de frustração não apenas por conta da pesquisa, mas por erros de Bolsonaro na avaliação da ala mais pragmática da campanha.
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Foto: Reprodução/Tv Brasil