Lula prioriza defesa das mulheres e Bolsonaro a economia
A esposa de Lula, Janja, também discursa na peça. Ela destaca as dificuldades que as mulheres brasileiras enfrentam

Publicado em: 08/09/2022 às 18:49 | Atualizado em: 08/09/2022 às 18:49
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) priorizou, nesta quinta-feira (8), a defesa dos direitos das mulheres em seu tempo de horário eleitoral gratuito na televisão. O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre avanços econômicos durante seu governo. Os dois têm os melhores desempenhos no agregador de pesquisas Locomotiva/CNN.
A propaganda eleitoral de Lula começa com uma série de notícias sobre casos de violência contra a mulher. Na sequência, o ex-presidente critica as ações da gestão Bolsonaro na área.
“Ninguém merece um presidente que prega ódio, armas, violência e que desrespeita as mulheres. Elas sustentam a maior parte dos lares brasileiros e acabam tendo duplas ou triplas jornadas, já que muitas ainda assumem sozinhas a responsabilidade de cuidar da família. Mas, no final, quem cuida delas? No nosso governo, as mulheres eram tratadas com respeito à igualdade e políticas públicas”, diz o petista.
A esposa de Lula, Janja, também discursa na peça. Ela destaca as dificuldades que as mulheres brasileiras enfrentam.
“São milhões de mulheres endividadas para poder levar alimentos a suas famílias, mães que perderam suas casas e dormem com seus filhos nas ruas. Mudar essa realidade é uma luta de todas nós”, afirma.
Bolsonaro foca na economia
Já Bolsonaro focou nos feitos econômicos de seu governo. A propaganda diz que, apesar dos efeitos negativos gerados pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, “o Brasil está dando certo”.
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“Desde quando assumimos diminuímos vários impostos do Brasil. Também zeramos os impostos da cesta básica, cortamos em 35% o IPI de mais de 4.000 produtos. Você viu nos combustíveis: o ICMS estava lá em cima e passamos para um teto de 17%. A gasolina e o álcool estão mais baratos”, disse.
Bolsonaro ainda garantiu que, caso reeleito, irá manter o valor mínimo do Auxílio Brasil em R$ 600. Ele ainda afirma que irá incluir R$ 200 extras para aqueles que estão empregados. “Vai ser R$ 800 mais o salário do trabalho”, afirma o narrador.
Demais candidatos
Ciro Gomes (PDT) relembrou sua biografia em seu tempo de televisão, destacando que é professor de direito e filho de professores. “Estou disputando pela quarta vez a Presidência da República, me sinto mais preparado do que nunca, porque o que mais fiz na vida foi trabalhar pelo Brasil”, diz.
A candidata Simone Tebet (MDB) voltou a utilizar sua propaganda para se apresentar e afirma que quer ser presidente porque “o Brasil precisa seguir um caminho diferente”. Ela defende políticas para a área da educação e um ensino médio técnico.
Soraya Thronicke (União Brasil) falou sobre seu desempenho nas pesquisas eleitorais e comentou as dificuldades que a legislação tributária impõe aos empreendedores brasileiros.
Ela voltou a apresentar sua proposta de imposto único. Por fim, pediu que eleitores de Lula e Bolsonaro observem a candidata. “Soraya vira onça e também vira voto”, diz.
Felipe D’Avila (Novo) voltou a criticar a dualidade entre os candidatos que lideram as pesquisas. “Eu escolho um Brasil livre, livre de corruptos que nos envergonham para o mundo, livre de rachadinhas, da fome, do desemprego”, afirma.
O candidato Padre Kelmon (PTB), que apareceu pela primeira vez no horário eleitoral, apresentou seu vice, Pastor Gamonal (PTB). Ele diz que, com sua chapa, católicos e evangélicos caminham juntos nas eleições. E aponta que, “se a esquerda voltar, nossas liberdades correm perigo”.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
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Foto: reprodução/TV Band