Lula mantém 48% dos votos válidos e foca na vitória no 1º Turno
Nos últimos dias, o ex-presidente passou a falar abertamente em querer vencer no primeiro turno, buscando o voto de eleitores de Ciro e de Tebet

Publicado em: 15/09/2022 às 20:29 | Atualizado em: 15/09/2022 às 20:34
A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (15), traz para Lula o cenário mais positivo, mas não tanto quanto sua campanha gostaria. Nos últimos dias, o ex-presidente passou a falar abertamente em querer vencer no primeiro turno, buscando o voto de eleitores de Ciro e de Tebet. Os terceiros colocados seguem numa rota de estagnação, com o pedetista oscilando um ponto para cima sobre a rodada anterior e a senadora, ficando na mesma, dificultando o plano do petista.
Hoje, Lula tem os mesmos 48% dos votos válidos da semana passada, que excluem brancos e nulos e são a régua final da Justiça Eleitoral, muito próximo dos 50% mais um voto necessários para fechar o jogo no primeiro turno. Mas esse número já foi de 54%, em maio.
Nos grandes segmentos do eleitorado, o quadro é de estabilidade. Lula mantém sua vantagem geral pela ampla dianteira que tem entre os mais pobres: 49% do eleitorado entrevistado é composto daqueles que ganham até 2 salários mínimos, e nesse grupo o petista tem 52%, ante 27% do presidente. Entre quem recebe o Auxílio Brasil, o ex-presidente bate o atual por 57% a 26%.
O estrato daqueles que ganham de 2 a 5 mínimos (34% dos eleitores), grosseiramente podendo ser chamado de classe média baixa pelos padrões brasileiros, ainda aponta um empate técnico: Bolsonaro pontua 40% e Lula, 39%.
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Mas o presidente havia tido uma grande subida entre eles até o começo do mês, reduzindo de 13 para 3 pontos a vantagem de Lula, pelo corte conservador dessa fatia do eleitorado e pelo impacto de medidas como a queda no preço do gás e gasolina. Esse movimento cessou, e o petista oscilou dois pontos para cima em relação à semana passada.
Bolsonaro só mantém folga sobre Lula entre os mais ricos, mas eles são minoritários: 9% ganham de 5 a 10 mínimos, e 4%, mais de 10 mínimos. O presidente caiu oito pontos (margem de erro específica de quatro pontos), mas ainda vence por 45% a 35% no primeiro grupo. No segundo, bate o antecessor por 42% a 29%.
Em relação à pesquisa anterior, houve uma mudança regional expressiva. O petista teve o maior crescimento no Centro-Oeste (7% da população): oito pontos, chegando a 38%, empatando com os 40% de Bolsonaro, que caiu seis pontos na região em que o agronegócio associado a ele é mais forte.
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Foto: BNC Amazonas