Lula promete fim de crimes ambientais e diz que vai ‘consertar’ o país
Saudosista da época que governou de 2002 a 2010, Lula disse que nenhum presidente investiu tanto como ele no Amazonas

Ferreira Gabriel, Gabriel Ferreira da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 01/09/2022 às 09:47 | Atualizado em: 01/09/2022 às 09:49
A defesa da Amazônia marcou o discurso do candidato a presidência, Lula da Silva (PT), em comício realizado nesta quarta-feira (31), no Espaço Via Torres, em Manaus.
Líder da corrida presidencial e com chances de vencer no primeiro turno, o ato do petista contou milhares de pessoas.
Compromisso firmado pela campanha de Lula, o fim do garimpo e desmatamento ilegal e a invasão terras indígenas é uma promessa do ex-presidente aos povos tradicionais da região.
“A gente vai respeitar a nossa Amazônia, na nossa floresta não haverá mais garimpo ilegal neste país. Não haverá mais desmatamento ilegal neste país. Não haverá mais invasão nas terras indígenas desse pais”, disse.
“Então, nós vamos tratar com respeito as pessoas que sabem respeitar, os índios. E os indígenas, não devem nenhum favor a nós. Mas somos nós que devemos um favor a eles. Porque eles estavam aqui antes dos portugueses chegar, antes dos europeus chegar”, completou.
Veja vídeo:
Saudosista da época que governou de 2002 a 2010, Lula disse que nenhum presidente investiu tanto como ele no Amazonas.
A partir disso, o petista destacou o motivo de voltar a ser candidato a presidência, para fazer mais do que já foi feito.
“Eu tenho consciência de que o que foi feito foi muito pouco diante das necessidades do povo brasileiro. Eu tenho noção da quantidade de investimentos que foi feita aqui em parceria com o governo do estado. Eu tenho noção da quantidade de estudantes que entraram na universidade pela Universidade que nós criamos. Eu tenho noção da quantidade de escolas técnicas institutos federais que nós fizemos nesse país. Eu tenho noção da quantidade de casas que nós fizemos pelo país afora com o minha casa minha vida, que foi o maior programa habitacional. Eu tenho noção da importância do PAC que foi o maior programa de investimentos em infraestrutura que esse país já conheceu em parceria com prefeitos e em parceria com governos de estado, declarou.
Acabar com a fome
O ex-presidente lembrou do tempo que morou com a mãe, Dona Lindu e 13 irmãos em um fundo de bar com somente dois cômodos e das necessidades que enfrentaram, principalmente a fome.
Por isso, tem a obsessão de mais uma vez acabar com a fome no país, como no período do seu governo, que com o programa Fome Zero garantia as três refeições do dia para cada brasileiro.
“Era preciso garantir que cada pessoa desse país pudesse todo dia tomar café, almoçar e jantar; Que as crianças pudessem tomar um copo de leite antes de dormir e que pudessem tomar um pouco de copo de leite, comecem iogurte hora que acordar assim de manhã”, disse.
Leia mais
Lula recebe carta da sociedade com oito princípios para a Amazônia
A decisão de voltar a ser presidente
Lula explicou sobre o desejo de retornar ao Palácio do Planalto para governar o Brasil, provocando o presidente Jair Bolsonaro, que foi expulso do Exército na época de capitão.
“Eu quero provar que, se um tenente (capitão) expulso do Exército não tem coragem de tratar o povo com respeito, um metalúrgico vai voltar para tratar o povo com a decência que o povo merece”, disse.
Conforme o petista, “o governo tem que cuidar das pessoas, cuidar dos mais velhos e cuidar dos mais novos, ter respeito com a mulher”.
“É por isso que eu quero dizer pra vocês: nós vamos ganhar vamos criar outra vez o Ministério da mulher, vamos criar o Ministério dos povos originários, para que os índios tenham um ministério. Vamos recuperar a dignidade de cada homem e de cada mulher desse estado. Porque o que nós queremos é apenas respeito, o que nós queremos é apenas viver bem”.
Diante disso, Lula afirma que “é possível a gente consertar esse país. É possível fazer mais universidade, é possível fazer mais escolas técnicas. É preciso recuperar o atraso escolar que as nossas crianças foram submetidas por conta da pandemia de dois anos”.
Churrasquinho e cerveja gelada
Lula prometeu a volta do churrasquinho e da cerveja gelada para a população mais pobre, que hoje enfrenta uma inflação em dois dígitos encarecendo itens da cesta básica.
“Vai poder no final de semana comer um churrasquinho com a sua família e tomar uma cervejinha. Eu sei que o povo aqui gosta de peixe, adora peixe, adora tambaqui, adora pacu, pirarucu. É tudo muito gostoso. Mas nada substitui uma gordurinha de uma picanha e uma cerveja gelada”, destacou.
Leia mais
Lula promete caminhada, e não motociata, em Manaus caso seja eleito
Consertar o país
Lula afirmou que hoje com 76 anos, não quer deixar a vida “antes de consertar esse país e antes de consertar a vida do povo brasileiro”.
“Eu digo todo dia para os companheiros: a idade não deixa gente velho. O que deixa gente velho e a gente não ter uma causa. E a gente não ter motivação. E eu tenho uma causa. E a minha causa e dar dignidade e dar respeito a 215 milhões de brasileiros que precisam ser tratados com respeito”, disse.
É por isso que eu estou aqui. Se eu não tivesse essa vontade, vocês acham que eu teria casado outra vez? Eu casei foi há dois meses. Da mesma forma que eu casei e tenho amor pra dar por muitos anos eu tenho força para cuidar desse povo por muitos anos.
Para cuidar do povo da Amazônia, para cuidar do povo do Nordeste, para cuidar do povo que mora na periferia e que muitas vezes é abandonado.
Por fim, Lula disse que não vai parar de percorrer o país em campanha até o dia 2 de outubro quando as urnas eletrônicas forem abertas para votação.
Foto: BNC Amazonas