Padre Kelmon: saiba quem é o inusitado candidato à Presidência
Ele não é reconhecido sacerdote pela igreja ortodoxa do Brasil, mas mesmo assim celebra missas e batismos na Bahia

Diamantino Junior
Publicado em: 25/09/2022 às 10:18 | Atualizado em: 25/09/2022 às 10:19
Uma personagem chamou a atenção no debate com os presidenciáveis na noite deste sábado (24) no SBT: Padre Kelmon (PTB) que, com trajes que remetem à Igreja Ortodoxa, foi ao debate. Ele assumiu o lugar de Roberto Jefferson, após seu registro de candidatura ao Palácio do Planalto ser rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na chapa presidencial do Partido Trabalhista Brasileiro.
Padre Kelmon, batizado Kelmon Luis da Silva Souza, tem 45 anos e é natural de Acajutiba (BA). Kelmon se autodefine como “homem cristão, conservador e de direita, que sempre se dedicou à igreja e ao combate da esquerda no país”.
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Na Bahia, Kelmon é tido como uma liderança dos movimentos fundamentalistas e ajudou a fundar o Movimento Cristão Conservador e lidera o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano (Meccla).
Desde 2003, Padre Kelmon se diz vinculado à Igreja Ortodoxa. No entanto, aqui reside uma polêmica em sua biografia, pois, nunca foi sacerdote da referida matriz católica no Brasil.
Porém, mesmo não sendo reconhecido sacerdote pela igreja ortodoxa do Brasil, ele celebra missas e batismos na Bahia.
Mas, no ano passado Padre Kelman rebateu as acusações de que não seja sacerdote das igrejas de comunhão ortodoxa no Brasil e declarou que possui documentos que comprovam a sua ordenação em 2015 e que tais acusações “são retaliações”.
O líder ortodoxo ganhou fama no Brasil por causa de sua cruzada contra o aborto, o movimento LGBT e também por conta de sua retórica agressiva contra a esquerda brasileira.
O encontro com Roberto Jefferson se deu em 2020, quando recebeu o presidente do PTB em sua missão ortodoxa na Bahia. Desde então, Kelman e Jefferson se tornaram amigos, o que levou o religioso assumir o posto de vice na chapa encabeçada por Jefferson e, posteriormente, ser alçado candidato à presidência.
Leia mais na matéria de Marcelo Hailer na revista Fórum