Plínio Valério diz não ter condições de subir no mesmo palanque que Braga
O senador tem enfrentado cada vez mais dificuldades para entrar na disputa pelo governo do Amazonas

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 24/05/2022 às 12:39 | Atualizado em: 24/05/2022 às 12:39
O senador Plínio Valério (PSDB) descartou um eventual apoio ao pré-candidato Eduardo Braga (MDB) ao governo do Amazonas caso os tucanos decidem apoiar a senadora Simone Tebet (MS), correligionária do medebista, à Presidência da República.
O senador disputa com Arthur Virgílio Neto o futuro da sigla no estado. Ele diz que tem o apoio da cúpula nacional para sua candidatura ao governo.
Enquanto isso, o ex-prefeito, candidato ao Senado, já dá como certo apoio da sigla ao pré-candidato Amazonino Mendes numa federação dos tucanos com o Cidadania.
Contudo, a desistência da candidatura a presidente do ex-governador de São Paulo João Dória (PSDB) causou outro problema. Isso diante da possibilidade do apoio do PSDB ao MDB de Eduardo Braga.
“Se tiver que apoiar a Simone como é que eu vou subir no mesmo palanque que Eduardo Braga. Não tem condições. Então, eu acho que assim como minha situação têm muitas outras nos estados. O apoio a Simone vai implicar em muito problemas regionais, a exemplo do nosso”, explicou ao BNC Amazonas em Brasília.
Por isso, ele não acredita na candidatura própria com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite e nem no apoio à emedebista Tebet, por provocar desarranjos regionais.
“E eu não vejo como agora a gente apresentar a candidatura própria, isso já foi descartado. Então, a história do Eduardo Leite também já não procede mais. Agora me parece que o PSDB vai ter que apoiar a Simone, isso é um problema, muito problema regional”, avaliou.
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Dória
Por outro lado, o senador diz que a saída do ex-governador de São Paulo da disputa presidencial resolve o problema da fratura interna exposta do PSDB, mas não enxerga muitas saídas para o partido no xadrez eleitoral de outubro.
Ele diz que as disputas internas levaram a prejuízos para todos os membros do partido, não só para os dirigentes. “E essa sangria tem que parar”, disse.
“Espero que, com essa decisão de Dória, o PSDB possa enfim, voltar aos trilhos. Foi muito tempo de ferida exposta, que expôs o partido como um todo, e não apenas seus dirigentes”.
Foto: Agência Senado